Prefeitos que compõem o consórcio Cipae G8 pressionam a Secretaria de Segurança Pública do Estado por mais policiais. Comitiva se reuniu nesta semana com o secretário César Schirmer. Impactos e prejuízos causados pelos recorrentes assaltos a bancos fazem chefes dos Executivos aumentarem a reivindicação.
Em Boqueirão do Leão e Progresso, a agência do Banco do Brasil está fechada desde o ano passado, após ataque de quadrilha.
Presidente do Cipae G8, o prefeito de Boqueirão do Leão, Paulo Joel Ferreira, está otimista após a reunião. “O Estado deve fazer concurso público da Brigada Militar nos próximos meses. Garantiram efetivo aos municípios menores”, comenta. Além da falta de efetivo nos municípios, os prefeitos pedem auxílio para a implantação de câmeras de monitoramento.
“Apresentamos nossas dificuldades e também nos comprometemos em ajudar no que for preciso. A insegurança vivida nas comunidades dos pequenos municípios é um desafio que precisa ser enfrentado”, reforça o presidente do Cipae G8.
O prefeito de Santa Clara do Sul, Paulo Kohlrausch (MDB), ressalta que além de um policiamento mais ostensivo o aumento do efetivo local viabilizaria a implantação do projeto que prevê a instalação de 12 câmeras de vigilância na área central.
Os novos policiais seriam os responsáveis pelo monitoramento das imagens, enquanto o governo municipal custearia todo o projeto, num valor aproximado de R$ 425 mil.
Agências fecham em definitivo
Ferreira esteve recentemente em Brasília/DF na superintendência do Banco do Brasil. Foi recebido pelo diretor de relações governamentais Fernando Conde. “Infelizmente a reabertura da agência em Boqueirão do Leão está fora de cogitação. A esperança que temos é a liberação de um funcionário do banco para atender a população. Mas nada está garantido”, lamenta.
A decisão de fechar a agência em definitivo vale também para Progresso. Clientes são transferidos para Lajeado, causando demora no atendimento e insatisfação. “Precisava abrir uma conta universitária. Enfrentei horas de fila e o operador não queria fazer o processo, alegando que a agência não estava aceitando novos clientes. Fiquei revoltada”, conta uma jovem que prefere não se identificar.
Na quarta-feira, 21, o Legislativo de Santa Clara do Sul aprovou projeto de lei autorizando o Executivo a ceder sala para atendimento aos clientes do BB. No início do mês, criminosos utilizaram explosivos no ataque à agência da cidade. No local oferecido pela prefeitura, serão prestados atendimentos sem movimentação financeira. Os clientes também foram remanejados à agência de Lajeado. Não há garantia de reabertura da unidade.
Felipe Neitzke: regional@jornalahora.inf.br