Menos desperdício e mais saúde no prato

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Menos desperdício e mais saúde no prato

Produção de alimentos pouco processados ganha espaço no mercado. Além de gerar menos desperdício, traz economia de mão de obra e reduz o risco de contaminação. Chega à mesa do cliente pronto para o consumo

Menos desperdício e mais saúde no prato

O tempo tornou-se artigo escasso. A necessidade de adquirir alimentos fáceis e rápidos de preparar, mantendo as características muito próximas do produto em in natura fazem das hortaliças minimamente processadas, embaladas para o consumo imediato, uma tendência que ganha mais adeptos a cada dia.

De olho nesse nicho de mercado, o casal Vanderlei Brauwers e Andrea Hillesheim, de Arroio do Meio, aposta na produção e venda de produtos prontos para o consumo. As porções chegam aos clientes em embalagens entre um e cinco quilos. “Rapidez, praticidade e eficiência. Tudo vem lavado, cortado e higienizado. Basta abrir os pacotes e servir ou destinar à cocção. Economiza mão de obra, evita desperdícios e risco de contaminação”, completa Vanderlei.

O setor registra crescimento anual de até 30%. Conforme Brauwers, a produção de hortigranjeiros no sistema hidropônico iniciou ainda em 2001. No ano passado, devido à crise, as vendas para grandes redes de supermercados e cozinhas industriais registraram queda brusca. “As pessoas mudaram os hábitos de alimentação. Muitas empresas deixaram de pagar e tivemos que reinventar o negócio. Após vencer uma licitação em um hospital de Porto Alegre, surgiu a oportunidade de produzir alimentos minimamente processados”, conta.

Por dia, fornecem frutas, verduras e legumes para o preparo de dez mil refeições. O processo se divide em três etapas. Os alimentos recebem uma lavagem bruta para remoção de excessos e resíduos. Depois, são encaminhados para um banho de solução, conforme normas da vigilância sanitária e então permanecem de molho em água pura.

Em seguida, passam por um novo enxágue e são encaminhados para uma cozinha higienizada. Lá são descascados e cortados nos formatos solicitados pelos clientes. “Depois são embalados a vácuo, pesados, etiquetados e armazenados em câmara fria até a comercialização”, comenta Brauwers.

A validade é de oito dias, quase o dobro do produto in natura. Além de hospitais, os produtos são entregues em cozinhas industriais, supermercados e restaurantes de todo estado.

Oferta triplicada

O casal projeta triplicar a oferta de produtos nos próximos meses. Hoje, mantém 50 empregos diretos nas etapas de produção, preparo e entregas. Para atender todos os requisitos da lei, um novo pavilhão de 400 metros quadrados, todo climatizado, está em fase de conclusão. “Nosso diferencial está no controle de qualidade”, afirma Andrea.

Por mês, são embaladas 50 toneladas. São mais de 32 variedades de produtos, desde cebola, batata-inglesa, tomate, pimentão, folhosas e temperos. Boa parte é cultivada na propriedade em estufas, cuja área ocupada é de quatro hectares. Em cada ciclo produtivo, plantam quase 700 mil mudas.

Vantagens para o consumidor

· Praticidade no preparo;
· Manutenção das características sensoriais e nutricionais do vegetal fresco;
· Alta qualidade sanitária e menor risco de contaminação;
· Possibilidade de rastreabilidade;
· Economia de mão de obra;
· Menos desperdício e geração de resíduos.

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