Os episódios de assédio no ambiente de trabalho remontam ao passado de uma sociedade machista, preconceituosa e medíocre. Há muito essas práticas deveriam ter sido esquecidas, ultrapassadas e punidas. Em pleno mês da mulher, um novo fato provoca críticas e reações de ódio.
Na reportagem publicada na edição de ontem, A Hora contou como a jovem de Arroio do Meio Daiana Vitória, saiu da expectativa de ter um emprego formal para a decepção de ser vítima do empregador. Ela teve coragem de levar o assunto ao público. Mostrou o rosto e se posicionou. Não aceita ser vista como objeto. Não aceita ser chantageada. Como diz a máxima, lugar de mulher é onde ela quiser.
O possível assédio sexual do empregador está nas mãos da polícia. A jovem de 19 anos se precaveu. Gravou as conversas. O material será anexado ao processo. A partir de agora, é acompanhar o andamento das investigações.
Importante constar, o possível autor teria cometido os mesmos crimes com outras mulheres da cidade. E caso tenha sido condenado em alguma dessas ações, uma próxima punição poderia ser mais rigorosa devido ao histórico.
[bloco 1]
De fato, essa realidade ainda é muito presente. Há mulheres que toleram comportamentos dos homens por receio de ficarem sem trabalho. Tantas outras toleram a violência dos companheiros pela dependência financeira. Centenas são mortas todos os anos por crises de ciúmes daqueles que se acham donos de suas vidas.
Neste mês da mulher, mais do que dar flores, é preciso dar exemplo. A sociedade está longe de ser igualitária. Longe da evolução que se espera. Mais do que o progresso, do que o desenvolvimento econômico, o verdadeiro crescimento é na consciência coletiva.
No século XXI, em plena Era da Informação, em que o conhecimento está disponível a um toque, histórias de assédios, abusos, estupros e feminicídios acontecem todos os dias. Está na hora de deixar isso para trás. O momento da transformação é agora, no dia a dia.
As mulheres conquistaram muitos espaços nas últimas décadas. Os movimentos de empoderamento feminino deixam muito claro. Não se trata de benefício. Não se trata em retirar direitos dos homens, mas garantir que as mulheres não sejam inferiorizadas, nem violadas e que tenham as mesmas oportunidades do que as pessoas do outro gênero.
