Certamente é como caminhar em um campo minado quando decidimos transcorrer em assuntos que estimulam a organização de campanhas, posturas e movimentos sociais. Mas decidi arriscar. Neste momento, um dos temas mais acessados é o do empoderamento feminino e confesso que tive que ler muito a respeito para compreender no que ele difere do feminismo. De qualquer forma, já tenho minha opinião e acredito que igualmente me cabe o direito de expressá-la, portanto, lá vai!
Pelo que me parece, todas as premissas do empoderamento feminino buscam estimular a consciência coletiva para a equidade da mulher e do homem e, em especial, motivam para que cada mulher empodere-se e reconheça o próprio valor. Muito bem, acontece que, tirando a parte em que se clama para que as corporações deem oportunidades e salários equiparados aos profissionais independente do gênero, estamos falando de autoestima e de respeito.
Sim, porque me parece que aceitar e especialmente respeitar o seu próprio corpo, ter coragem para empreender, atitude para se qualificar, movimento para correr atrás dos próprios sonhos, bem como dizer um chega a situações de violência física, mental e emocional é autoestima e respeito por si mesma!
[bloco 1]
Autoestima não é assunto novo, mas me agrada saber que, mesmo com nova roupagem, está sendo incentivada. Autoestima anda de mão dada com a segurança, que, por sua vez, diminui a ansiedade, que, por consequência, aumenta nossa capacidade de discernimento, de alegria. Uma coisa leva à outra.
Empoderar-se e inundar-se de amor próprio é necessário para que se tenha estima legítima e respeito para com o próximo. Isso me agrada e muito! Respeito com as mulheres e homens, crianças e idosos. Respeito pelos seres vivos em geral, pela preservação da dignidade e costumes que garantam essa.
Enfim, tirando alguns apelos e outros excessos, gosto da filosofia e gostaria ainda mais se, ao invés de empoderamento feminino, levasse o nome de empoderamento para felicidade, cabendo, então, para todos os seres humanos e diversas esferas da vida.
Opinião
Raquel Winter
Professora e consultora executiva