Sem sinal

Opinião

Fernando Weiss

Fernando Weiss

Diretor de Mercado e Estratégia do Grupo A Hora

Coluna aborda política e cotidiano sob um olhar crítico e abrangente

Sem sinal

Por

 
O RS é o terceiro estado com mais áreas sem sinal de telefone móvel. Dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) mostram que o país tem 4,5 milhões de excluídos digitais espalhados em 2,2 mil distritos, em 21 estados.
O RS só é mais conectado do que a Bahia e o Ceará. São quase meio milhão de pessoas que vivem em 570 distritos no RS sem acesso ao sinal de celular.
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Vinte anos depois da privatização do sistema Telebrás, que prometia a universalização de serviços de telefonia e estímulo à concorrência, o serviço continua precário e inexistente para dezenas de milhares de gaúchos. Aqui na região, Imigrante padece de sinal adequado faz anos. Ocorre que as operadoras, descompromissadas em fazer investimentos em cidades do interior, só olham para os centros urbanos mais populosos.
Enquanto isso, o órgão regulador – leia-se governo federal – falha em não enrijecer as regras para que as companhias levem sinal para todos os cantos do país. Já não se aceita mais essa limitação nos tempos atuais, com políticas de inclusão digital tão debilitadas.


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(SEM LEGENDA)

Não podia. Não pode. Mas continua

Segunda-feira mais uma reunião entre poder público e entidades do varejo lajeadense debateu sobre o comércio ambulante na cidade. Liderado pelo Sindilojas, o movimento cobra mais rigor na fiscalização e no combate à venda ilegal. Já perdi a conta de quantas vezes esse tema pautou reuniões.
Há quase um ano, o prefeito Marcelo Caumo – recém-empossado na época – discursou para empresários na Acil e sentenciou: “Não podemos permitir que a nossa via principal de comércio, a Júlio de Castilhos, fique do jeito que está”. Por enquanto, continua.


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Olhar à frente

“Nosso projeto é diminuir a velocidade de crescimento e acelerar o desenvolvimento”. Afirmação feita pelo prefeito de Santa Clara do Sul, Paulo Kohlrausch, em entrevista à Radio Independente na quarta-feira, 10.
Oxalá, essa visão norteasse todos os governos da região. O que mais se vê por aí é prefeito interessado em ver a cidade crescer, sem que haja comprometimento com o desenvolvimento. Kohlrausch, que tenta implementar uma gestão mais inovadora, é um dos participantes do workshop do Negócio em Pauta que ocorre hoje. Quebra de Paradigmas é o assunto. Tudo a ver com o desafio do prefeito em Santa Clara do Sul.


NO MAIS

A estratégia da Secretaria Estadual de Segurança Pública de reforçar o policiamento e o combate ao crime na Região Metropolitana reduziu os índices de violência em 2017 em âmbito estadual. Por outro lado, quase órfãs de policiais, cidades do interior, como as do Vale do Taquari, caminham no sentido inverso. Todos os principais índices que medem a violência cresceram em relação a 2016. Ou seja, melhorou na capital. Piorou, e muito, no interior.


A febre avança

Pelo ritmo com que avança a febre amarela não demorará muito para o alarde se estabelecer também na Região Sul. Ontem a Organização Mundial da Saúde incluiu todo o estado de São Paulo em área de risco de contaminação. A notícia provocou corrida frenética aos postos de vacinação. Mais uma prova da inexistência de uma cultura preventiva. E se vier para o RS será um Deus nos acuda igual.


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Escondidos

A Anvisa determinou ontem novas regras para a exposição de cigarros nos pontos de venda. A partir dos próximos dias, expositores devem ficar apenas na parte interna dos estabelecimentos e bem distantes de doces e brinquedos. Também será proibido o uso de painéis com luz que deem destaque ao produto, muito menos valendo-se de recursos como sonorização e movimento.


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Vítima?

Lula e o compadrio que defende sua honestidade diante das acusações de corrupção passiva e lavagem de dinheiro tentam transformar o julgamento do dia 24, em Porto Alegre, em palanque eleitoral. Impossibilitados de contestar a existência de um esquema bilionário de corrupção, adotam o discurso de que tudo não passa de uma manobra para afastar o ex-presidente das urnas em outubro.
O modelo lulopetista não muda e insiste na vitimização oportunista e maldosa para jogar a opinião pública contra o Judiciário.

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