Vinte anos depois, o discurso desafia a prática

Opinião

Fernando Weiss

Fernando Weiss

Diretor de Mercado e Estratégia do Grupo A Hora

Coluna aborda política e cotidiano sob um olhar crítico e abrangente

Vinte anos depois, o discurso desafia a prática

Por

Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

A Amturvales apresenta, na próxima segunda-feira, um diagnóstico amplo e relevante sobre o turismo regional. Desde 1997, apenas o Guia Vem, produzido pelo jornal A Hora em 2014, reúne num mesmo documento informações e dados sobre o setor no Vale do Taquari. Em forma de livro, é o único e mais completo guia para orientar turistas a conhecerem os vales e montanhas que nos cercam.
Faz um ano, a Amturvales, sob presidência de Rafael Fontana, percorre as 36 cidades da região coletando dados e reunindo informações acerca da capacidade hoteleira, oferta gastronômica e rotas ou passeios turísticos. O arsenal coletado em cada município será apresentado no auditório do prédio 11 da Univates, no dia 6. A participação é livre.
Além de servir de parâmetro e alimentar diferentes reflexões, as informações serão base para a elaboração de um plano de turismo integrado, levando em conta as características, potenciais e peculiaridades de cada município. Mais do que apresentar o raio X do turismo no Vale, o Amturvales também busca maior participação dos agentes públicos e privados.
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As últimas gestões da entidade, distantes da missão principal e desfocadas do propósito central, mancharam o nome da instituição e provocaram uma debandada de associados, seja prefeituras ou empresas. Hoje, a única e principal associação do turismo regional tem 30 associados e nada mais. O orçamento anual não passa de R$ 150 mil. Ou seja, insuficiente para promover inovações e servir de indutor para o turismo regional.
O potencial do Vale do Taquari é indiscutível. Foi transcrito – veja em destaque acima – com clareza pelo presidente da Amturvales de 1997, Olímpio Zat, então prefeito de Ilópolis. Vinte anos depois, o discurso continua o mesmo. É imprescindível mudar a prática para haver evolução.
Pela proposta apresentada, outra vez, pela Amturvales, surge a oportunidade para o Vale do Taquari “abraçar” o turismo e colocá-lo na lista de prioridades e oportunidades. A próxima segunda-feira será propícia para discutir e dar mais um passo. Após a apresentação do diagnóstico e do Plano de Ação da Amturvales, o A Hora promove debate sobre o tema “Turismo no Vale: desafios e oportunidades”. A discussão integra o projeto Pensar o Vale, que ao longo dos anos dá luz sobre os principais temas relacionados ao desenvolvimento regional. O turismo é um deles.


Comitiva em Recife

A Univates lidera comitiva de empresários regionais que viajam a Pernambuco na próxima semana. O destino é o Porto Digital de Recife. A iniciativa, entre outras coisas, objetiva buscar novas técnicas e ferramentas contemporâneas para aplicar no dia a dia das empresas e instituições do Vale. Além disso, a visita corrobora com a política do Tecnovates, que se coloca como referência na disseminação do conhecimento a partir da tecnologia e da inovação. O Porto Digital de Recife é considerado um dos principais parques tecnológicos do país.


Bom debate

A discussão em torno da nova sede da Câmara de Vereadores de Lajeado é saudável e necessária. Ao passo que o debate avança, ratifica-se a importância de ouvir mais atores e agentes da sociedade a respeito do tema. A aplicação de um par de milhões de dinheiro público não pode ser decidida de uma hora para outra, ainda mais quando o fim é a construção de mais um imóvel para o poder público. Pelo exposto, o próximo passo será ouvir as entidades de classe de Lajeado a respeito do assunto.


O vazio de ontem será maior amanhã

Semana quebrada: Outubro termina com um, e novembro começa com outro.  Os dois feriados  deixam a semana improdutiva e parada

Semana quebrada: Outubro termina com um, e novembro começa com outro.
Os dois feriados deixam a semana improdutiva e parada


Senhores da Fome e da desfaçatez

A merenda escolar é para os alunos pobres da rede pública de ensino a principal e, não poucas vezes, a única refeição do dia. Ou seja, crianças encontram na escola a refeição que lhes dá força e motivação para estudar. E viver.
Diante dessa triste realidade, é ainda mais estarrecedora a Operação Senhores da Fome, deflagrada ontem pela Polícia Federal no Amapá. Empresários, diretores de escolas e servidores da secretaria estadual teriam desviado R$ 2 milhões de recursos destinados à merenda escolar de 52 cidades do Amapá. Meu e seu dinheiro, arrecadado via pagamento de tributos e taxas, acaba no bolso de servidores e empresários inescrupulosos.


Dura, mas inadiável missão

Os mandatários de uma das maiores cooperativas do estado têm dura missão pela frente. Dirceu Bayer e Renato Kreimeier, presidente e vice da Languiru, estão com divergências acentuadas. Os atritos já foram assunto na câmara de vereadores de Westfália e Teutônia nos últimos dias.
Na próxima semana, será reunido o quadro social para buscar saídas sólidas a respeito das dúvidas e suspeitas que cercam a gestão da cooperativa. Uma vez exposta a questão, é hora de sobressair o bom senso e a maturidade administrativa para colocar o CPF abaixo do CNPJ. Ou seja, vaidades e egos não podem ser sobrepostos ao interesse e à saúde administrativa da cooperativa. Eventuais equívocos – apontados pelos vereadores e ratificados pelo Conselho Fiscal – devem ser encarados de frente e com transparência.
A Languiru é um dos orgulhos do Vale do Taquari. Representa, ao lado das demais cooperativas locais, a vocação associativista que nos caracteriza. Neste momento de economia nevrálgica, é crucial que as divergências e os impasses se resolvam com a maior celeridade possível, sem manchar a credibilidade e o valor da instituição.

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