Fechada no mês de março devido à contaminação de crianças e servidores, entre professores e funcionários, a Escola Municipal de Educação Infantil Risque voltou a ser interditada. Durante o período sem aulas, o prédio passa por higienização. A previsão é que as aulas sejam retomadas a partir da próxima semana.
Em março, quando oito crianças e nove servidores foram diagnosticados com a doença. As atividades foram retomadas nos dias 4 e 5 deste mês. Mas, além dos casos antigos, mais quatro crianças e três professores foram diagnosticados com a doença, o que levou à interdição por mais uma semana.
Apesar de a situação ter se agravado em março, o primeiro caso de escabiose foi detectado em outubro de 2016. Na época, uma criança da turma A, com alunos de 1 a 2 anos, apresentou os primeiros sintomas, mas não foi afastada das aulas.
Em fevereiro deste ano, ela foi atendida por um dermatologista e diagnosticada com escabiose. A doença é transmitida por meio da pele. Para ser infectado, é preciso ter contato direto com alguém doente.
Prédio abandonado
Ao lado da escola, o prédio que já serviu como sede do Hospital Bruno Born (HBB) está abandonado e em péssimas condições de higiene. O local serve hoje como ponto de encontro de usuários de drogas e como abrigo de cães abandonados.
Familiares mostram preocupação com a falta de cuidado do prédio. É o caso de uma avó. Ela preferiu não se identificar. “Dá pra ver da janela, é um lixão cheio de cachorros sarnentos.” O neto dela, de 1 ano e 4 meses, não foi infectado.
Segundo a veterinária Gabriele Mantovani, a presença de cachorros mal cuidados pode representar um risco de contaminação. “A sarna sarcóptica é uma doença que passa tanto de cães para humanos quanto de humanos para cães.”
A SED nega que o tipo da doença presente na escola seja transmitida por animais. De acordo com as avaliações feitas, a escabiose registrada entre alunos, professores e funcionários é transmitida exclusivamente pelo contato entre humanos.
O que é doença
Escabiose ou sarna é uma doença causada por um ácaro que penetra na pele e cava túneis pelo corpo. Ele costuma ficar em roupas e cobertas. Nesses locais, pode sobreviver por até três dias.
O ácaro não é contraído de cães. Passa entre pessoas pelo contato com a pele ou por tecidos e objetos que possam ter o ácaro alojado. As famílias foram orientadas a ferver roupas para eliminar o ácaro.
