Frota aumenta e número de acidentes dispara

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Frota aumenta e número de acidentes dispara

Na área urbana, acontece ao menos um acidente por dia. A maioria, em cruzamentos

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Frota aumenta e número de acidentes dispara
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Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

No ano passado, o Centro de Registro de Veículos Automotores (CRVA) emplacou em média 38 carros por mês, totalizando 466 no ano. Nos primeiros três meses de 2016, foram 121 cadastros. Conforme o Detran, o total de veículos no município alcança 20.999.

A infraestrutura despreparada para a crescente quantidade de veículos obriga as administrações públicas a traçar novos objetivos. O erro histórico de adotar o sistema rodoviário como principal meio de transporte provoca a saturação das ruas nas cidades. Enquanto motoristas do eixo Rio-São Paulo perdem até 46 minutos por dia em congestionamentos, no RS as rodovias e vias municipais têm um tempo menor, mas já dão mostras de saturação. Um pouco distante desse cenário, no Vale do Taquari, os mais de 213 mil veículos nos 36 municípios representam 4% da frota estadual.

Os dados recentes endossam a análise sobre o crescimento da frota. Fenômeno visto em todo o país, em especial após os incentivos com redução de impostos, mais facilidade no financiamento e com o aumento no poder de compra da população, intensifica o fluxo nas vias pública. Por outro lado, as melhorias em infraestrutura viária não acompanharam essa tendência.

Teutônia também enfrenta dificuldade devido à insuficiência de servidores para o Departamento de Trânsito. Com equipe defasada, busca meios de orientar e conscientizar os motoristas, com objetivo de proporcionar mais segurança. Hoje, é composto pela responsável Margrit Grave e três servidores que também trabalham para a Secretaria de Obras.

Com população estimada em 30 mil habitantes e três grandes bairros, o setor é responsável por manter a sinalização das vias do perímetro urbano. Renová-la com frequência é uma tarefa difícil. Na rua Carlos Arnt, em Canabarro, e na Três de Outubro, em Languiru, semáforos são aliados na organização do trânsito. A administração tentou licitar outro equipamento para a rua Major Bandeira, mas não obteve êxito.

Apesar da dificuldade em resolver esses problemas, reduzir o número de acidentes é o principal desafio. Dentro do perímetro urbano, atendido pela Brigada Militar, em 132 dias, foram 363 colisões. A maioria em curvas ou cruzamentos. Pela análise da fiscalização, a maior parte dos acidentes é motivada pela falta de atenção dos condutores. No ano passado, aconteceram sete mortes na área urbana.

Em fevereiro de 2016, Alice Wendel, 19, seguia para casa com o namorado, de carona em uma Biz, na rua Dom Pedro II, em Canabarro. Um ciclista cruzou sem sinalizar e o motociclista perdeu o controle do veículo. Eles caíram, e Alice morreu no local.

infográfico_acidentes_TeutôniaEnsinando na base

Em parceria com a Secretaria de Educação, o Departamento de Trânsito tenta ensinar os alunos desde a Educação Infantil. Os princípios de direção defensiva e ensinamentos básicos, como parar antes da faixa de pedestres, respeitar limites de velocidade e semáforos, são acentuados em toda a rede municipal.

Paralela à Semana Nacional do Trânsito, a mobilização em prol da conscientização é intensa. Palestras, simulação de acidentes e distribuição de panfletos disseminam a ideia no meio urbano. Em 2015, foram instaladas sete cruzes pretas em frente ao Centro Administrativo, no intuito de alertar os condutores para as mortes no trânsito.

Incômodos sobre a pista

Desde 2013, quando o Departamento de Trânsito começou a contar o número de redutores de velocidade, foram 14 instalados. Na extensão de 3,5 quilômetros da rua Carlos Arnt, desde a rua Guilherme Trenepohl até a Estrada Velha, são oito. A medida se repete nas principais avenidas. Em ruas com menor fluxo de veículos, a instalação ocorre com base na requisição do Legislativo a pedido da comunidade e análise do departamento.

Além das ondulações sobre a pista, quatro interseções no acesso aos bairros Canabarro, Languiru e Teutônia pela Via Láctea apresentam maior incômodo aos motoristas em horário de pico. O trajeto é importante e o congestionamento se torna inevitável.

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