Enfermeiros reclamam do atendimento

Lajeado

Enfermeiros reclamam do atendimento

Problema com sistema gerou mais de seis horas de espera para prestação de serviços

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Atualizado quarta-feira,
30 de Janeiro de 2016 às 17:35

Enfermeiros reclamam do atendimento

A morosidade dos processos na Unidade Móvel do Conselho Regional de Enfermagem do estado (Coren-RS) frustrou enfermeiros da região. Ontem foi o primeiro dia de atuação em Lajeado e atrasos e desistências foram relatados durante todo o dia. A renovação de carteiras foi a principal demanda entre os cem atendidos. A unidade continua hoje no Parque Professor Theobaldo Dick.

Para muitos dos sócios do Vale do Taquari, a primeira vinda da unidade móvel ao município era uma alternativa mais rápida e próxima se comparado à sede, em Porto Alegre, ou à subsede, em Santa Cruz do Sul. Mesmo com a possibilidade, Antônio Sperb, 31, desistia de renovar a carteira no início da tarde de ontem. Com a ficha 83, ele aguardava atendimento desde as 9h30mim. Durante toda a manhã, 34 pessoas haviam sido atendidas.

A busca por renovação da carteira também trouxe enfermeiros de outros municípios como Andréia Malvessi, 38. Ela e um grupo de 15 enfermeiros chegaram de Anta Gorda às 8h na tentativa de agilizar o serviço. Para conseguir participar, ela precisou trocar de horário com uma colega, mas não conseguiu voltar conforme o combinado. “É um desrespeito e descaso com quem vem. Perdi um dia de serviço. Faltou organização antes de virem para cá.”

Assim como eles, a também lajeadense Eloisa Hattge, 68, buscava na unidade móvel uma alternativa mais rápida. Ela não atua como enfermeira há sete anos e tentava desde as 8h dar baixa no registro. “Não usava mais para nada e pagava anuidade. Achei que seria mais fácil por ser aqui na cidade.”

Estrutura enxuta

A assessora técnica do Coren-RS, Angélica Ludwing, atribui os atrasos a problemas de operação do sistema utilizado. Segundo ela, durante o dia, cem fichas seriam atendidas, mas a instabilidade permitiu o atendimento de apenas 34 durante a manhã.

No início da tarde, os sócios foram informados sobre a disponibilidade de apenas dez fichas, além das distribuídas durante a manhã. Apesar das dificuldades, Angélica minimizou o problema. “Estamos fazendo o melhor para atender todos. Já fizemos esse serviço em outras cidades do interior. Só estamos tendo problema de conexão.”

Para os serviços em Lajeado, a Unidade Móvel contava com quatro servidores. Desses, dois eram assistentes administrativos, além da assessora técnica e do motorista. Hoje, os atendimentos continuam até as 17h.

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