Moradores reagem à constante queda no fornecimento de energia

Bom Retiro do Sul

Moradores reagem à constante queda no fornecimento de energia

Falta de luz no bairro São João provoca prejuízos a 11 empresas

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Atualizado quarta-feira,
30 de Janeiro de 2016 às 17:35

Moradores reagem à constante queda no fornecimento de energia
Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

O prejuízo causado pelos problemas na distribuição de energia elétrica no bairro São João ocasionou manifesto ontem de manhã. A falta de luz das 5h às 9h30min levou 50 pessoas a interromper o trânsito na avenida Senador Pinheiro Machado. O protesto chama atenção do poder público e da AES Sul, responsável pelo serviço.

O ato iniciou com os 37 funcionários de atelier do bairro. Com a interrupção do trabalho, cerca de 120 pares de botas deixaram de ser produzidos. O prejuízo alcança R$ 3,5 mil, valor utilizado para pagar parte dos salários.

Para o administrador do atelier, Marcelo Luís da Silva, 37, os problemas com a distribuidora são constantes e exigem melhorias. No fim do ano passado, foram registrados quatro dias com paralisação no serviço devido à queda de energia. “Precisamos de luz para manter as atividades”, diz.

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Na fábrica de palmilhas com 80 funcionários, os prejuízos são maiores. O período sem luz impediu faturamento de R$ 5 mil. A incerteza na produtividade resulta em atraso na entrega dos pedidos e compromete a confiança do cliente.

Conforme o administrador Édson Musskopf, 47, a situação econômica exige certezas e energia elétrica é imprescindível para consolidar mercado. “Pela manhã liguei para quatro clientes explicando o ocorrido.”
Musskopf lidera uma das cinco fábricas que mais geram ICMS ao município. O bairro São João abriga cerca de 11 indústrias.

Em raio de 500 metros, cerca de 300 funcionários não puderam trabalhar ontem de manhã.
Cenira Meyer, 58, mora na local desde os 6 anos. Em 2015, um televisor da casa queimou devido à oscilação de energia. Tentou ressarcimento junto à AES Sul, mas foi barrada pela burocracia. Deveria solicitar três orçamentos diferentes e aguardar na fila para avaliação de técnico da empresa. Diante das dificuldades, optou por comprar outra TV.

Os prejuízos se estendem para o trabalho com venda de fotografias. Quando falta luz, não consegue enviar os registros da cidade e deixa de ganhar dinheiro. “É lamentável.”

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