Antigo hospital vira Centro de Saúde

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Antigo hospital vira Centro de Saúde

Complexo desativado faz dez anos teve investimento de R$ 812 mil do município

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A antiga estrutura onde funcionava o hospital da cidade foi remodelado e passa a concentrar os serviços da Secretaria de Saúde a partir de maio. Desativado faz dez anos, o prédio foi comprado pelo Executivo em 2006.

Crédito: DivulgaçãoCom recursos próprios (R$ 312 mil) mais R$ 300 mil do governo estadual e R$ 200 mil da União, o novo centro de saúde terá dois pisos, com área total de 651 metros quadrados. Segundo a secretária de Saúde, Assistência Social e Meio Ambiente, Patrícia Nietiedt, o novo local permite qualificar e ampliar o número de atendimentos.

Uma equipe de 25 profissionais passa a trabalhar no local. Por dia serão realizadas em torno de 120 consultas. “A atual estrutura do posto não comportava mais a demanda, por isso investimos neste centro.”

Destaca que a estrutura terá auditório, farmácia, atendimento odontológico, sala de emergência e setor administrativo. O prédio fica na av. Doutor Ito João Snel. Na semana que vem o posto do centro ficará fechado e os atendimento serão feitos na unidade do bairro Daltro Filho. “Vamos fazer a retirada de equipamentos, móveis e materiais.”

Histórico do Prédio

Conforme o historiador e professor José Alfredo Schieroldt, a instituição hospitalar foi fundada pelo médico Ito João Snel, na década de 30. Após a sua morte em 1972, o atendimento ficou precário, até ser adquirido, em sociedade, pelos médicos Jaime Berger de Souza, Bayard Ollé Fischer dos Santos e Arnaldo Pereira Bueno de Oliveira, revezando-se no atendimento, entre 1980 a 1985.

Em 1o de março de 1985, a instituição foi adquirida pelo médico Milton Eny Fernandes de Campos. Mesmo que houvesse lenta e parcial reforma nas instalações, com 32 leitos e a instalação de um Laboratório de Análises Clínicas e aparelho de Ecografia, seu caráter privado sempre criou dificuldades para servir à comunidade e estabelecer convênios com Estrela.

Em 1994, foi rompido o convênio de subsídio municipal às consultas médicas. Além de Campos, atendia também Márcio Antônio Reichert, cardiologista, desde 1996, por pouco tempo. Através do SUS, a média de hospitalizações chegou a 25 baixas mensais, diminuindo para 14, em 2001.

Sem cirurgião e anestesista, o hospital começa a oferecer riscos aos pacientes pela falta de profissionais, como a ausência de enfermeira, de anestesista e de médico nos fins de semana. Em 25 de agosto de 2001, conforme matéria veiculada em Zero Hora, o hospital foi interditado.

Na época a 16ª Coordenadoria também relatou a ausência de equipamentos básicos e de estrutura predial, além do teto de madeira. Depois disso, foi transformado em Posto de Saúde.

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