Obras da Corsan estão 82% concluídas

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Obras da Corsan estão 82% concluídas

Previsão era finalizar a nova rede coletora de efluentes domésticos em abril de 2013

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Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

Vale do Taquari – O incômodo gerado pelas obras da estatal gaúcha nos bairros Florestal e Moinhos perdurará no mínimo até setembro. Com 82% das obras de instalação da rede coletora de esgoto naquela região prontas, a Corsan estima mais meio ano de serviços.

03O período não contabiliza as prováveis reformas em pavimentações afetadas pelo trabalho das empresas terceirizadas, principalmente nas av. Benjamin Constant, Sete de Setembro e ruas paralelas.

Desde abril de 2012, quando o então diretor-presidente da Corsan, Arnaldo Dutra, veio a Lajeado anunciar as obras orçadas na época em R$ 4,5 milhões, a estatal já gastou cerca de R$ 4 milhões. Faltando pouco menos de 20% para ser feito, estão empenhados mais R$ 978 mil para conclusão do empreendimento. Em setembro do ano passado, a direção anunciava o término de 70% dos serviços. Após seis meses, o avanço foi de apenas 12%.

De acordo com o superintendente da Corsan na região, Lutero Fracasso, foram instalados mais de oito mil metros de rede coletora com diâmetro de 150 mm. Faltam pouco mais de dois mil metros para finalizar o investimento. Ele confirma para setembro o fim das obras, mas reitera que esse tipo de serviço depende de uma série de fatores, entre eles as intempéries.

Em abril, as obras completam dois anos de atraso. Problemas e erros no projeto inicial são apontados como as principais causas. De acordo com a empresa responsável pela obra, a Esac Empreendimento de Mão de Obra, cuja sede fica em Joinvile, Santa Catarina, os serviços iniciaram só no dia 29 de novembro de 2012, sete meses após o anúncio oficial do ex-diretor-presidente.

Além dos problemas de adequação no projeto – que resultaram redução da área prevista para o empreendimento –, a empresa enfrenta problema para conseguir mão de obra. Em 2012, atuavam cerca de 25 funcionários na obra.

Um ano depois, o número era 50% menor. Na época, um dos engenheiros responsáveis reclamava da desqualificação dos funcionários contratados, que recebiam em torno de R$ 1,1 mil mensais de salário.

“Não entregaram nenhuma rua”

O secretário de Obras (Sosur) do município, Adi Cerutti, afirma que a Administração Municipal de Lajeado cobrará da estatal a reforma de algumas ruas. “Não fizemos nada ainda, pois a Corsan não nos entregou nenhuma obra pronta ainda. Depois disso, vamos querer elas da mesma forma que entregamos.”

Cerutti só não demonstra preocupação com o estado da av. Benjamin Constant, onde se concentram hoje as obras da companhia. Segundo ele, o município já prevê o recapeamento asfáltico daquela via. A licitação, cujo preço orçado é de quase R$ 2 milhões, será realizada em abril. “Serão 1,8 mil metros de obra, entre as ruas Tiradentes, no centro, e a Irmando Weisheimer, no Montanha.

Agers é chamada em Venâncio Aires

O atraso em obras semelhantes realizadas no município do Vale do Rio Pardo incomoda o Executivo local. Em janeiro passado, o prefeito Airton Artus solicitou intermediação da Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos (Agergs) do Estado para agilizar a reparação dos pavimentos danificados pela estatal no centro da cidade. O chefe do Executivo quer responsabilizar e cobrar a Corsan pelos problemas deixados nas vias.

Lá, a companhia assinou contrato em junho de 2013 para investir cerca de R$ 2,6 milhões em obras de esgotamento sanitário em oito bairros: Brands, Macedo, Vila Rica, União, Morsch, Artus, São Francisco Xavier e Dietrich.

Detalhes da rede coletora

Em Lajeado, toda a obra é realizada em uma área entre as ruas Padre Amstadt, Santos Dumont, João Heineck Sobrinho, e as avenidas Benjamin Constant e Castelo Branco. Integra os bairros Florestal e Moinhos e consiste numa interligação da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) com diversos imóveis nas proximidades.

A rede coletora será instalada nas avenidas Presidente Castelo Branco, Benjamin Constant, Sete de Setembro, e nas ruas Paulo Frederico Schumacher, Carlos Jacob Kielling, Pontes Filho, Germano Noll, Waldemar Ely, Julio Born, Felipe Malmann, Travessa da Paz, Ermundo F. Ely, Zelia Maria Abichequer, Matias Rockembach, Padre Teodoro Amstadt, Irmão Emilio Conrad, São Pedro, José Schmatz, 15 de Novembro e Cristiano Grün.

De acordo com a Corsan, cerca de 4,5 mil pessoas vivem nessas áreas. Após a instalação, o município contará com 15 quilômetros de rede coletora de efluentes domésticos. Hoje, só 0,9% da população é atendida com tratamento dos resíduos. Com o investimento da estatal, a expectativa é chegar a 7% do total.

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