Estrela – Mais de 30 professores participaram ontem da formação promovida pelo Programa Escola da Inteligência. Fundamentado na Teoria da Inteligência Multifocal do psiquiatra e escritor Augusto Cury, o projeto inclui a disciplina de Educação Emocional no currículo de mais de 1,5 mil alunos, de jardim ao 5º ano da rede municipal.
O método ensina as crianças a respeitarem e controlarem as emoções. Recebem estímulos para pensar antes de reagir, expor as ideias e buscar soluções para os conflitos. Atitudes reforçadas ontem pelo curador e coordenador do programa na região Sul, Thomaz Campos.
Os educadores receberam treinamento para multiplicar a aprendizagem às turmas com auxílio de CDs, histórias e material didático. Entre os próximos assuntos abordados, Campos cita a desatenção e tolerância. Reforça a necessidade de se trabalhar a autoestima do aluno, para prepará-lo para conviver em sociedade. “Quando se coloca pensamentos saudáveis o aluno tende a agir e pensar dessa forma.”
Essa mudança de comportamento é citada pelo secretário Marcelo Mallmann como um dos principais reflexos desse primeiro semestre se implantação do programa. Relata a satisfação dos pais, ao verem os filhos mais confiantes e mais abertos ao diálogo. Ao mesmo tempo, cita melhora no rendimento escolar e redução de conflitos entre os estudantes.
Diante dos resultados, Mallmann projeta a inclusão da disciplina nos 6º e 7º anos em 2015. “Precisamos investir na formação como um todo”, cita. O programa anual soma mais de R$ 230 mil, com material, formação e assistência. Uma média de R$ 158 por aluno ao ano. No Estado, além de Estrela, apenas El Dourado do Sul adotou o projeto.
“Os alunos se ajudam mais”
No treinamento, os professores aprendem como transmitir o conteúdo pedagógico de forma cativante, como influenciar o aluno a participar dos debates e como ajudar a formar pensadores e desenvolver a consciência crítica. Habilidades citadas por Campos como fundamentais.
A educadora da escola Professora Ruth Markus Huber, Bárbara Herrmann Dornelles, já percebe mudanças em sala de aula. “Os alunos se ajudam mais, estão mais abertos para compartilhar vivências”, diz.
Com o programa, cita mais apoio com material e a criação de momentos específicos para tratar de temas como respeito e coletividade. Relata também o fortalecimento do vínculo entre a escola e família, no desenvolvimento do aluno.