Projeto escolar reduz obesidade infantil

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Projeto escolar reduz obesidade infantil

Índice de alunos da rede municipal acima do peso diminuiu 5,57% no último ano

Arroio do Meio – Mudanças no cardápio, criação de hortas e palestras com as famílias foram formas encontradas pela Secretaria de Educação para combater a obesidade infantil nas escolas. Levantamento de 2013, feito nas 13 instituições municipais de Ensino Fundamental, demonstra redução de 5,57% do número de alunos acima do peso.

2Incluída no Programa Escola e Família: de mãos dadas pela educação, a avaliação anual ocorre desde 2011 e auxilia no controle e reeducação alimentar. Pouco mais de 1,8 mil crianças integraram a pesquisa. Dessas, 573 estão acima do peso, 1.224 têm peso considerado adequado e 60 apresentam magreza. Apenas três estudantes têm risco de sobrepeso.

Segundo a nutricionista municipal, Joice Johann Bordignon, a fritura foi banida do cardápio. Aos poucos, trabalhos de orientação feitos com as merendeiras reduzem a utilização de sal e açúcar.

Também ocorrem palestras periódicas, para proporcionar diálogo entre pais e professores, com intuito de uma reeducação alimentar também no âmbito familiar. “Para dar certo, escola e família precisam estar juntas nesse processo”, ressalta Joice.

No contato com as crianças, a nutricionista cita a utilização de dinâmicas, em especial para o aumento da ingestão de frutas e legumes. Apesar do estímulo constante, reforça que não há obrigatoriedade. O trabalho de reeducação é lento, mas fundamental, finaliza.

Escola dá exemplo

Integrante da pesquisa, a escola Princesa Isabel, de Rui Barbosa, tem 70% dos alunos com peso considerado adequado. Entre as práticas adotadas para contribuir com um alimentação mais saudável, aparece a horta escolar, implantada há oito anos. As hortaliças cultivadas servem de complemento à merenda escolar.

Parte do trabalho de cultivo ocorre no turno integral, pelos alunos. Desde a implantação da atividade, a diretora Joana Maria Bruxel Prediger cita o aumento de consumo de legumes e verduras pelas turmas. “Oportunizamos hábitos mais saudáveis.”

Além da mudança no cardápio e incentivo ao cultivo, houve a proibição de salgadinhos, bolachas recheadas e refrigerantes pela escola. A direção realiza palestras com os pais, para estimular a alimentação regrada em casa também.

Mudanças desde a Educação Infantil

Para o próximo ano, o município pretende ampliar programa contra obesidade às escolas de Educação Infantil. Antes disso, já atua com outro projeto paralelo de sustentabilidade, apoiado pelas Associações de Pais e Amigos (APACs). O trabalho integra 730 crianças de até 6 anos, matriculadas em oito instituições.

Realizado desde o ano passado, conta com a incrementação de composteiras nas instituições. Todo o produto orgânico gerado serve de adubo para as hortas escolares. Só os restos de alimentos acumulados entre outubro e dezembro geraram 180 quilos de adubo.

Segundo a coordenadora pedagógica, Naiara Regina Três, as atividades integram alunos e famílias na busca de um desenvolvimento mais saudável. Ao mesmo tempo, cita o reforço à conscientização quanto às práticas ambientais.

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