Procon recorre ao MP contra operadora

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Procon recorre ao MP contra operadora

Clientes da OI bloquearam trânsito após dez dias de inoperância do telefone fixo

Estrela – O prazo para o conserto de mais de duas mil linhas telefônicas da OI encerra hoje. Irritados com a demora nos reparos, usuários bloquearam parte da av. Rio Branco ontem, pedindo mais agilidade. Sem respostas da operadora, o Procon moverá ação no Ministério Público.

02O manifesto durou mais de duas horas. Uma caminhonete e pneus usados serviram de barreira. A BM auxiliou na segurança. Em poucos minutos, uma equipe terceirizada da operadora consertou a linha telefônica de um dos manifestantes, com comércio situado em frente ao trecho trancado. Só naquela rua, de dez moradores, cinco continuam sem o serviço.

“Até o fim de semana abriremos uma ação contra a operadora no MP”, garante o coordenador do Procon de Estrela, José Francisco Reichert, insatisfeito com a demora e problemas recorrentes de telefonia. Estenderá também a reclamação ao Procon Estadual, sob assinatura de Termo de Ajuste de Conduta (TAC). Esse regulamenta as obrigações, prevê punições em falhas e concede benefícios ao usuário prejudicado.

Reichert estima que, desde o dia 18 de maio, um terço do comércio local está sem os serviços. Pelo menos quatro bairros foram atingidos: Ocidental, Imigrantes, Estados e União. Ele orienta os usuários a abrirem um processo judicial, caso haja descumprimento de prazos de conserto estabelecidos.

Cabos danificados

Segundo funcionários da empresa terceirizada RM Soluções em Infraestrutura, que tentavam consertar parte das linhas durante o manifesto, o problema ocorre devido a danificações em um dos cabos subterrâneos. O material antigo teria molhado, afetando a fiação. Citam a possível troca de parte do trecho identificado, o que pode retardar o funcionamento pleno do sistema.

Procurada, a operadora não se manifestou. Atendentes de lojas de assistência sugerem aos usuários a abertura de protocolo de serviço pelo telefone 10314.

Problema se expande

Marques de Souza. A Secretaria de Administração acompanha as reclamações de usuários de telefonia fixa há dois meses. Nesse período, o secretário Alécio Weizenmann cita problemas em diferentes ruas. Na semana passada, pelo menos cinco empresas estavam sem o serviço e, em consequência, sem intenet para emitir notas.

Sem Procon local, Weizenmann conversou com responsáveis pela operadora, sendo orientado a enviar um relatório dos problemas. “Enquanto isso as reclamações continuam.”

O secretário de Administração de Arroio do Meio, Marcelo Luiz Schneider, também relata situações semelhantes na cidade, em especial no interior. Uma empresa local recebeu licença há poucos meses para instalar o serviço e serve de alternativa.

Schneider cita ainda o encaminhamento de reclamações para o Procon Estadual, quanto ao excesso de fios de telefonia nos postes da Aes Sul, impedindo remoções.

Lajeado. O coordenador do Procon, Pedro Bezerra, cita que todos os pedidos estão dentro do prazo imposto pela operadora, sem maiores queixas.

“Meu prejuízo supera R$ 20 mil”

O empresário Luís Fernando Cíceri se diz prejudicado pela inoperância dos serviços. Há dez dias sem telefone, fica com a assistência técnica e vendas comprometidas. Cobra agilidade nos reparos e desconto dos dias no próximo pagamento.

Mesma reivindicação feita pelo empresário, Cristiano Marckmann, sem linha telefônica desde semana passada. Prestador de serviços, depende dos contatos telefônicos e teme pela perda de clientela. “Meu prejuízo supera R$ 20 mil”, estima.

A situação afeta também moradores como a aposentada Sílvia Hepp, do bairro Estados. A promessa era a normalização dos serviços até dia 22 de maio. Mas falhou, assim como a segunda data estipulada. Ela torce para o funcionamento voltar até sexta-feira.

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