Venda de carros cresce 20% na região

A estratégia do governo federal de estimular as vendas de auto­móveis fez com que a frota aumentasse em 3,2 mil veículos desde abril na região. A isenção de impostos e a redução de taxas nos empréstimos são os principais motivos.

O benefício começou em maio e se encerra no fim deste mês. Quem comprar modelos nacio­nais de até mil cilindradas, nes­te período, tem vantagens no Imposto de Produto Industria­lizado (IPI) e no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). O carro pode custar R$ 5 mil a me­nos, dependendo do valor final.

Conforme levantamento re­alizado pelo Departamento Es­tadual de Trânsito, o principal aumento foi percebido na frota de Lajeado – 976 veículos.

O casal Sérgio e Sônia Schmidt antecipou em seis meses a com­pra de um carro novo para apro­veitar o benefício. Eles trocam um Corsa 98 por um Gol zero- quilômetro. A economia com o IPI reduzido foi de R$ 4 mil.

De acordo com o economis­ta e empresário do setor, Rogé­rio Wink, assim como o casal, empresários e o produtor rural aproveitaram para renovar a frota. Isto impulsionou o comér­cio na região e motivou um cres­cimento de 20% no número de emplacamentos.

Os dados são da Federação Na­cional da Distribuição de Veícu­los Automotores (Fenabrave) de julho de 2012. O mesmo levanta­mento aponta que o aumento no estado foi de 12%.

Wink cita que o mercado foi estimulado a comprar carros novos. Isto, de acordo com ele, reduziu as vendas e os preços dos carros usados e seminovos.

Dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Au­tomotores (Anfavea) mostram que a retração persiste em 8,5%. Wink diz que o ideal é que exis­ta uma política para o setor in­dustrial e varejo a longo prazo com impostos menores e plane­jamento de investimentos.

A redução do IPI fez com os ve­ículos tivessem reduções signi­ficativas no valor final. Um Gol geração cinco zero-quilômetro, que custava R$ 30,9 mil, é ven­dido por R$ 3,1 mil a menos.

Entenda as mudanças

– Carro até 1.0: redu­ção de 2,5% para 1,5%;

– Carro até 2.0: redução de 11% para 5,5%;

– Utilitários nacio­nais: IPI cai de 4% para 1%;