Em uma entrevista à Rádio A Hora neste domingo, 5, o Diretor-presidente da Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR), Luís Fernando Zanacor, compartilhou detalhes sobre os trabalhos da RGE para restaurar a trafegabilidade nas estradas do Vale do Taquari. Ele indicou que, até a próxima quarta-feira, 8, é provável que as rodovias sob a responsabilidade da empresa estejam liberadas, com destaque para as vias que conectam Lajeado a Venâncio Aires e Estrela a Garibaldi.
Zanacor destacou que as pontes que conectam Arroio do Meio a outras regiões, são as mais desafiadoras de recuperar imediatamente. Especificamente, a ponte no Km 75 da ERS-130, destruída pela enxurrada na semana passada, está sob avaliação. “Já temos todos os dados dela. É uma ponte de 150 metros de extensão, com cinco pilares, sendo três submersos. Nós fizemos uma breve avaliação sobre custo e tempo da obra”, afirmou o presidente.
Após uma análise detalhada realizada pelos técnicos da EGR, estima-se que a reconstrução da ponte na ERS-130 custará cerca de R$ 9 milhões, considerando a possibilidade de reconstrução desde a fundação até o tabuleiro. No entanto, essa estimativa será refinada após uma avaliação mais aprofundada. O presidente ressaltou que estão trabalhando com a hipótese de reconstrução completa, o que pode levar pelo menos oito meses para ser concluída.
Ponte de Ferro
Questionado sobre a possibilidade de liberar a Ponte de Ferro, Zanacor revelou que o município, em colaboração com a EGR, está considerando a instalação de uma ponte do exército no local. O Grupo A Hora teve acesso exclusivo a uma ligação entre o Prefeito Marcelo Caumo e o Superintendente da CCR Via Sul, confirmando que a Ponte de Ferro receberá prioridade na análise da estrutura. Equipes de engenheiros de São Paulo devem chegar a Lajeado para avaliar o local e fornecer uma resposta em breve, mas a liberação total do tráfego pode levar cerca de 30 dias.
Acesso a Muçum a Vespasiano de Corrêa
O presidente anunciou que um decreto de emergência será emitido nesta segunda-feira, 6, no Diário Oficial, referente ao acesso de Muçum a Vespasiano de Corrêa, na RS-129. Após uma análise inicial da situação, a questão agora se concentra na contratação e na busca por soluções que possam reduzir o tempo de reconstrução. Uma opção sendo considerada é a construção de uma contenção, utilizando uma técnica de solo reforçado conhecida como “parede de gavião”. Embora mais complexa, a previsão é que esta obra seja concluída em pelo menos quatro meses. O presidente enfatizou o compromisso da EGR em buscar soluções eficazes e rápidas para recuperar todas as áreas afetadas. O custo total da obra ainda está sendo avaliado. É importante ressaltar que a ponte 332, entre Encarnado e Doutor Ricardo, não está sob responsabilidade da EGR.
