A Secretaria da Saúde de Lajeado, por meio do setor de Vigilância Epidemiológica, alerta sobre o aumento de casos positivos de dengue no município. Nos últimos 12 dias, foram confirmados 82 casos. Ações de combate ao mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya, são intensificadas com visitas às residências e aplicações de inseticidas.
Desde o início do ano, foram 213 casos positivos confirmados, há outros 289 em análise e 613 deram negativo. O município tem um óbito registrado em 2024. Nos últimos 12 dias, foram 82 novos casos positivos, o que representa um aumento de 62,59% na comparação com o período anterior (de janeiro até 12/04).
As visitas realizadas em residências pelos agentes de combate a endemias e agentes comunitários de saúde, têm como objetivo promover a orientação e a mobilização da comunidade. Conforme a coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Juliana Demarchi, abril é um período mais intenso, principalmente nas duas últimas semanas do mês. “Esse pico maior de confirmações de casos ocorre principalmente por termos o vírus presente em todo nosso município, com casos positivos em todos os bairros. Este também é um período de alta proliferação do mosquito porque temos dias quentes, umidade e chuvas frequentes. Enquanto tivermos esse clima predominando, a contaminação e proliferação do mosquito vai continuar ocorrendo”, explica Juliana.
Para combater o mosquito, a bióloga e coordenadora da Vigilância Ambiental, Catiana Lanius, esclarece que é necessária a colaboração da comunidade. “O mosquito se prolifera perto ou dentro das residências. Por isso, é necessário que as pessoas se conscientizem a eliminar os possíveis criadouros. Os inseticidas são aplicados pela Sesa para combater o mosquito já adulto. Mas o mais seguro é não deixar o mosquito nascer e, para isso, é preciso eliminar locais que possam acumular água”, informa Catiana.
Monitoramento
Além das ações de combate, a Sesa também conta com as Ovitrampas, armadilhas de captura de ovos do mosquito Aedes aegypti. Trata-se de armadilhas para ovos de Aedes aegypti que são instaladas em pontos estratégicos do município para monitorar a distribuição e a densidade do vetor.
Em fevereiro, as ovitrampas coletaram 4.551 ovos nos pontos instalados. Em março, foram 5.283 ovos coletados. “A quantidade de ovos coletados entre fevereiro e março indica um aumento na atividade do mosquito Aedes, o que é comum nesta época do ano devido às altas temperaturas que estimulam a reprodução. Com os próximos monitoramentos, espera-se uma redução na atividade do vetor devido à queda da temperatura”, diz Catiana.
Para o mês de abril, as ovitrampas foram instaladas nos seguintes bairros:
- Americano: 8
- Centro: 19
- Conservas: 6
- Florestal:16
- Hidráulica: 7
- Moinhos: 19
- São Cristóvão: 23
- Santo André: 2
As armadilhas consistem em vasos de planta sem furo e palhetas de madeira (eucatex), nas quais é colocada água com levedo de cerveja para atrair a fêmea do mosquito a depositar os ovos no local (ovoposição). Depois de instaladas, os agentes da Vigilância Ambiental realizam o recolhimento das mesmas após cinco dias.