Germano Rigotto: conflito entre Irã e Israel reflete na economia do Brasil

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Germano Rigotto: conflito entre Irã e Israel reflete na economia do Brasil

Combate nos países do Oriente Médio resulta em aumento da gasolina e inflação

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Atualizado segunda-feira,
15 de Abril de 2024 às 13:16

Germano Rigotto: conflito entre Irã e Israel reflete na economia do Brasil
Ex-governador Germano Rigotto (Foto: arquivo / Jhon Willian Tedeschi)

Ainda quando se tratava apenas de uma promessa de retaliação do Irã a Israel, pelo ataque ao consulado iraniano na Síria, no início do mês do abril, a economia internacional já sentia alterações em relação à queda da bolsa econômica, aumento do dólar e do valor do petróleo.

No comentário desta segunda-feira, 15, durante o programa Frente e Verso, o ex-governador Germano Rigotto comentou sobre a influência do conflito entre Irã e Israel no Brasil e o envio do projeto sobre o aumento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), para a Assembleia Legislativa.

O ex-governador explica que para o Brasil, o aumento do petróleo, resulta na elevação do combustível, que desencadeia o aumento dos fretes marítimos e rodoviários, que repercute no aumento da inflação.

Entretanto, o país possui benefícios em relação a outros. “O Brasil tem situação energética muito melhor em comparação com outras nacionalidades e possui mantimentos para abastecer o mercado interno e externo”, explica Germano Rigotto.

Existe uma preocupação muito forte com o aumento da proporção desse conflito em razão das consequências. Entretanto, de certa forma há um alívio devido à posição apaziguadora do Estado Unidos, que incentiva Israel a não revidar o ataque.

Para os especuladores financeiros, o aumento dos juros nos EUA significa queda de capitais do Brasil. “No momento que os juros nos Estados Unidos são mais alto, eles optam por eles, porque passa mais segurança”, diz Rigotto, que complementa explicando que a saída desses investimentos do país, significa aumento do dólar, possibilidade do aumento de inflação e política humanitária com juros mais altos.

Sobre o posicionamento do Brasil em relação ao ataque, Germano Rigotto acredita que o Itamarati poderia ter uma posição mais distante para auxiliar na resolução do conflito, porque o país faz parte da cúpula do Brics, bloco econômico formado Brasil, Rússia, China, Índia, África do Sul, Argentina, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irã. “Situação complicada entrar em choque direto com países que compõe o seu grupo econômico. Porém, o Itamarati não pode deixar de dar uma posição mais forte contra qualquer atentado a soberania”, conclui o ex-governador.

Projeto de aumento do ICMS 

Germano Rigotto considera que não será um processo tranquilo, em razão da Federasul, do Fecomercio, da Farsul e da Fiergs, estarem se posicionando contrárias ao projeto. As entidades irão se movimentar para que a votação perca o caráter de urgência.

Na última semana, durante uma premiação, Rigotto conversou com o presidente da Fiergs, Gilberto Petry, que disse que ele e demais representantes estão pedindo até o final de junho para analisar com exatidão a arrecadação do Estado.

Porém, cerca de 20 entidades, preferem o aumento do ICMS, em comparação ao corte de benefícios fiscais. Rigotto finaliza dizendo que a movimentação das entidades, será observada no momento da votação na assembleia e que nos resta esperar.

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