“Decidi ser professor porque quero compartilhar o prazer do aprendizado”

ABRE ASPAS

“Decidi ser professor porque quero compartilhar o prazer do aprendizado”

Natural de Estrela, Maiquel Röhrig, 39, lançou seu primeiro livro neste mês. Escrita no formato de diálogos, a obra é voltada a educadores e aborda os desafios da sala de aula, com exemplos práticos do cotidiano escolar

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“Decidi ser professor porque quero compartilhar o prazer do aprendizado”
Foto: Arquivo Pessoal
Vale do Taquari
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Você é professor há quanto tempo?

Sou professor há dezoito anos. Formado em Letras pela Univates, com mestrado e doutorado em Letras pela UFRGS. Ministrei aulas no Colégio Martin Luther e em escolas da rede municipal de Estrela. Em 2014, fui trabalhar no Instituto Federal de São Borja. Atualmente leciono no Instituto Federal de Bento Gonçalves, em turmas de Ensino Médio e no curso de Licenciatura em Letras.

Por que escolheu essa profissão?

A escolha de uma profissão é sempre difícil. No livro, eu conto que pareceu ser por acaso, porque eu queria ser escritor e optei pelo curso de Letras para realizar esse sonho. A minha professora da primeira série um dia me disse: ‘Maiquel, você ainda vai ser escritor’. Ao longo da faculdade, percebi que minha escolha era resultado daquela experiência de infância. Quando eu aprendia, sentia algo muito especial dentro de mim, uma energia boa. Aprender é muito prazeroso. No fim das contas, decidi ser professor porque quero compartilhar o prazer do aprendizado com meus alunos.

Sobre o que trata o livro?

O livro é composto por diálogos. Os temas são pertinentes principalmente para estudantes de licenciatura, professores e profissionais da educação. Mas também são válidos para pais e responsáveis, uma vez que tocam em pontos-chave da relação entre os diferentes agentes da educação. A sala de aula é um lugar complexo, e é preciso que todos os envolvidos estejam conscientes dos desafios e das possíveis soluções para ampliar a qualidade do ensino.

Quando decidiu escrever sobre o assunto?

Comecei a escrever em 2020. Acompanhei as reações dos alunos que leram os textos e fui aperfeiçoando os diálogos. Dos mais de oitenta temas, escolhi dezesseis que me pareceram mais relevantes para o atual momento que vive a educação. Passei três anos criando diferentes versões e revisando a obra até chegar à versão final, publicada pela editora Parábola.

Qual o seu propósito com essa publicação?

Decidi enviar para editoras seguindo sugestão dos alunos. Várias vezes me disseram, a respeito dos textos que eu escrevi para as aulas: ‘Devia publicar isso num livro, professor’. O argumento que usavam era o seguinte: ‘É esse tipo de coisa que falta, exemplos práticos, situações reais do cotidiano escolar’. Meu propósito é oferecer às pessoas a oportunidade de, através dos diálogos, pensar o papel dos professores a partir de situações práticas.

Tem obras futuras em mente?

Já publiquei outros livros por conta própria, os quais fazem parte de minha história e me ajudaram a aperfeiçoar minha escrita, mas são livros amadores. “Oprimir não é didático” é meu primeiro livro profissional. Conforme já disse, a obra reúne 16 textos, mas escrevi mais de oitenta. Se o público julgar pertinente, outras obras virão.

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