Olhem para as comunidades!

Opinião

Mateus Souza

Mateus Souza

Jornalista e colunista do caderno Lajeado - Um novo olhar sobre os bairros

Olhem para as comunidades!

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Atualizado domingo,
03 de Março de 2024 às 16:07

Lajeado

Centenário e Olarias, juntos, totalizam mais de 4 mil moradores. Um número expressivo. E se considerarmos também os bairros vizinhos – Campestre, Igrejinha, Imigrante, Planalto e Santo André – falamos de mais de 10 mil pessoas “do lado de lá” da BR-386. Praticamente uma cidade. E como tal, precisa de uma atenção especial. Não é admissível que acessos a essas localidades sejam fechados ou modificados de forma arbitrária, sem uma discussão prévia com os moradores. Não se discute a importância da duplicação para Lajeado e região. Nem por isso, no entanto, o progresso deve passar por cima da população. Portanto, governos (municipal e federal) e CCR ViaSul, olhem para as comunidades. Não as abandonem.


 

Atenção ao posto

Um dos assuntos mais abordados no debate deste mês foi a necessidade de melhorias no posto de saúde do Olarias, cujo imóvel claramente está defasado. Não só para melhor acomodar a população do bairro e também os servidores. É que a unidade atende também moradores de outros quatro bairros, incluindo o Centenário. Ou seja, é referência para um número expressivo de pessoas. Quem sabe a construção de uma nova estrutura, maior e com acesso mais facilitado? Todos saem ganhando.


Exemplo para outros bairros

Depois de um início conturbado, com muita resistência de moradores, o projeto Centenário 100 Lixo Zero hoje é parte do cotidiano da população. Implementado em 2020, na gestão de Rodrigo Henicka na presidência da Associação de Moradores, a iniciativa em pouco tempo passou a ser elogiada pela comunidade e virou modelo para outras localidades. A retirada de lixeiras, de certa forma, tirou a população da zona de conforto. A conscientização ocorreu de forma geral e – com algumas situações pontuais – se tornou uma marca do bairro.


Uma década

Em agosto, o Instituto Federal Sul-Riograndense (IFSul) completa dez anos de atuação em Lajeado. No Olarias, está desde 2017, em uma bela sede própria. Em que pese as discussões e polêmicas em torno do local escolhido, é inegável que a presença da instituição trouxe – e traz – benefícios ao bairro. E isso não se resume a qualificação e formação de mão de obra. Vai além. Ter mais pessoas circulando no bairro significa mais comércios, mais estabelecimentos do ramo alimentício e maior variedade em horários no transporte coletivo. Que venham mais 10, 20, 30 anos de IFSul na cidade.

 


DAS RUAS

– E a Central de Polícia? Anunciada com pompa em outubro, a licitação da ousada – e necessária – nova sede da Polícia Civil no bairro São Cristóvão segue emperrada. Já são duas suspensões da concorrência, sendo a mais recente na primeira semana do ano. E ainda não há data para um novo processo. Enquanto isso, o prédio atual segue a mercê da ação do tempo – e das enchentes.

– Enquanto isso, outro novo prédio público – mas executado pela iniciativa privada – está pronto para ser inaugurado. É a nova sede do INSS, na rua Júlio May. Olhando de fora, a estrutura ficou muito bonita. E é um equipamento bem mais adequado às necessidades do instituto. O prédio atual está obsoleto. Felizmente, terá uma destinação importante, ao ser incorporado pelo HBB.

– Alvo frequente de críticas, a rua Bento Rosa recebeu uma importante obra de recapeamento. A via, que já apresentava problemas antes das cheias de setembro e novembro, teve suas condições agravadas pelos eventos climáticos. Um investimento importante para a “quase Rota da Inovação”. Quase, porque, ainda em 2019, a câmara de vereadores mudou a redação do projeto do governo.

– As aulas da rede municipal voltaram em fevereiro com muitas novidades e anúncios relevantes. Mas os anos passam e um importante trecho da rua Wilibaldo Eckhardt, no bairro Imigrante, segue sem pavimentação. Ali, está instalada a Escola Capitão Felipe Dieter. Ou seja, há anos, alunos, pais e professores convivem com a poeira. Até quando?


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