Projeto Bike Solidária chega à capital gaúcha

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Projeto Bike Solidária chega à capital gaúcha

Iniciativa foi criada por órgãos de segurança pública e Senai de Lajeado para desenvolver habilidade de mecânica e oferecer novas oportunidades aos jovens

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Projeto Bike Solidária chega à capital gaúcha
Bicicletas ficam armazenadas nos pátios das delegacias de polícia. (Foto: Divulgação)
Lajeado

Transformar bicicletas apreendidas pela polícia em oportunidade. Esse é o objetivo do projeto Bike Solidária. Criada em Lajeado pela Alsepro, promotorias Criminal e da Infância e Juventude, Polícia Civil e Senai, a iniciativa agora ultrapassa as fronteiras do Vale e é apresentada em Porto Alegre.

A prefeitura da capital teve acesso aos detalhes do projeto na segunda-feira, 26, pelos representantes de Lajeado. “A iniciativa é importante, eis que envolve ação social e educação profissional”, destaca o Secretário de Educação de Porto Alegre, José Paulo Rosa.

Segundo ele, a pretensão é aplicar o projeto no município, e há conversas com a Polícia Civil sobre as bicicletas, assim como com grupos e associações de ciclistas. “Além disso, estamos verificando com o Senai aspectos pedagógicos e financeiros. A partir daí, vamos conversar novamente e evoluir para aplicá-lo”.

Rosa acredita que, mais do que dar um destino às bicicletas que não estão sendo usadas, o projeto atende um público com maior vulnerabilidade e desenvolve competências de educação profissional que permitem trabalhar em um mercado em evolução e até mesmo empreender.

A iniciativa

O projeto, pioneiro no estado, apresenta uma abordagem inovadora, criativa e colaborativa para enfrentar os desafios da formação profissional dos jovens que frequentam a rede pública de ensino, oferecendo um curso de mecânica de bicicletas. Ao mesmo tempo, oferece uma solução para o destino adequado das bicicletas armazenadas nos depósitos da polícia.

A primeira edição ocorreu em 2021, com jovens de Lajeado. Já a segunda, foi com escolas de Cruzeiro do Sul, e a terceira, Marques de Souza. Por meio do curso, a ideia é, além de restaurar as bicicletas, transformar a realidade dos alunos participantes. No fim das aulas, os alunos recebem uma das bicicletas restauradas, além de um certificado do Senai.

Transformar vidas

O diretor de patrimônio da Associação Lajeadense Pró-Segurança Pública (Alsepro), Francisco Weimer dos Santos, que coordena o projeto, foi um dos responsáveis por levar a iniciativa a Porto Alegre.

“Como eu já conhecia o Secretário de Educação de Porto Alegre, em contato com ele, comentamos sobre o projeto e daí fomos lá apresentar de forma oficial”, destaca. Ele reforça que a importância do projeto está em mostrar aos alunos uma realidade diferente do dia a dia deles. “Nosso lema é: reformando bicicletas transformando vidas”.

Santos ainda salienta que o projeto participou do Prêmio Inovare do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e ficou entre os finalistas. A iniciativa está no site do Ministério Público à disposição de qualquer município que queira implantá-lo.

Ambiente saudável

Coordenador técnico de Educação Profissional do Senai, Marcelo Francisco Schedler destaca que são 80 horas de curso no turno inverso das escolas. A organização seleciona 14 alunos participantes para a formação profissional.

“Os estudantes selecionados são aqueles que têm necessidade de um olhar dessas entidades”. Agora, a quarta etapa do projeto na região também é organizada e o próximo município a receber a iniciativa está sendo definido. “Tentamos levar esse projeto para outros municípios. As delegacias têm essas bicicletas e esse é um insumo para o projeto”.

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