Integrantes de facção criminosa são condenados em Arvorezinha

TRIBUNAL DO JÚRI

Integrantes de facção criminosa são condenados em Arvorezinha

Os réus receberam pena de 12 anos, 19 anos e dois meses, 17 anos e seis meses, e 16 anos e nove meses. O cumprimento inicial é em regime fechado

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Atualizado sexta-feira,
01 de Março de 2024 às 16:18

Integrantes de facção criminosa são condenados em Arvorezinha
Foto: divulgação
Arvorezinha

Após dois dias de sessão, o Tribunal do Júri condenou quatro integrantes de uma facção criminosa que atuam no município de Arvorezinha, no Vale do Taquari, por homicídio qualificado (recurso que dificultou a defesa da vítima). Os réus receberam as seguintes penas de prisão: 12 anos, 19 anos e dois meses, 17 anos e seis meses e ainda 16 anos e nove meses. O cumprimento inicial é em regime fechado.

O julgamento – que contou com um grande aparato de segurança devido à periculosidade dos acusados — ocorreu entre quarta-feira, 28 , e quinta-feira desta semana, 29, na Comarca de Arvorezinha, município vizinho à cidade de Fontoura Xavier, onde o corpo da vítima foi encontrado no dia 21 de abril de 2021, na localidade de Linha Forqueta. O motivo foi desavença pessoal entre um dos réus e a vítima. Esse mesmo réu obteve a autorização de um superior dele na hierarquia da facção para matar, mediante o uso do falso pretexto de que a vítima teria ateado fogo no carro de um integrante da organização criminosa. Um dos réus arregimentou outros dois para executar da vítima, que foi morta mediante disparos de arma de fogo, e o quarto condenado é o líder da facção na região, que deu a ordem para o crime.

O promotor de Justiça Fernando Mello Müller atuou em plenário por meio do Núcleo de Apoio ao Júri (NAJ) do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS). “Pelo que se tem notícia, foi o primeiro júri realizado em Arvorezinha que ultrapassou um dia de duração. Foram dois dias e cinco turnos de trabalho intenso e aguerrido de toda a equipe da Promotoria e de nossa Assessoria de Segurança Institucional. Apesar do pedido do MPRS, os familiares da vítima não puderam assistir ao julgamento devido às exigências de segurança do local, mas os representantes da sociedade decidiram com justiça e plantaram sua semente de esperança por dias melhores, de paz e prosperidade”, ressalta o promotor.

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