Defensor do melhor aproveitamento das ferrovias para o setor de logística do Rio Grande do Sul e integração com outros estados, o senador Luís Carlos Heinze (PP) sugeriu que os empresários do Vale do Taquari, que possam se beneficiar de uma estrutura para transportes com uso de trens de carga, demonstrem o interesse em utilizar o modal para que investimentos possam ser feitos na região.
Em entrevista ao Conexão Regional da Rádio A Hora, Heinze explicou que há uma mobilização na Serra pela criação de um terminal em Vacaria para recebimento de aço utilizado na fabricação de máquinas industriais. A matéria-prima viria do Espírito Santo. O projeto está em fase de análise técnica da viabilidade. A demanda apontada pelo Senador é para um novo terminal em Passo Fundo, que permitiria a destinação de aço para diversas indústrias metalmecânica daquela região.
“Vamos ter um ato na Expodireto em Não-Me-Toque para pedir esta ligação até Passo Fundo e convoco as cooperativas de suíno, frango e leite além de demais cadeias que possam se beneficiar deste modelo de transporte que hoje no Vale do Taquari e outras regiões é subaproveitado”, justifica.
Para que o setor produtivo do Vale possa ser beneficiado diretamente, um dos apontamentos feitos por líderes regionais é a reativação de um terminal junto ao porto de Estrela e adequação da ferrovia para suportar cargas com maior peso.
1,5 mil quilômetros de ferrovia não exploradas
De acordo com Heinze, é possível negociar as adaptações com a Rumo Logística, que é a detentora dos direitos sobre a ferrovia que passa por municípios do Vale como Roca Sales, Muçum, Colinas, Santa Tereza e Dois Lajeados.
Caso não exista o interesse pela empresa com sede no Paraná, existe a possibilidade de parcerias com outros grupos especializados que atuam em estados como Espírito Santo e Minas Gerais, para o transporte de aço. “Mas para que se consiga o desejo dessas empresas, é preciso demanda, carga em quantidade para que seja atrativo. O que estamos em busca é aproveitar 1,5 mil quilômetros de ferrovia que não são utilizados hoje no Rio Grande do Sul, ramais que a Rumo não tem interesse em explorar”, garante.
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