O rompimento da coligação vencedora do último pleito municipal de Teutônia pode mudar as enigmáticas estratégias dos partidos. Até a saída do partido da vice-prefeita, Aline Köhl (PL), confirmada na noite de terça, 30, a expectativa era de uma disputa entre três candidatos: Celso Forneck, pelo PDT, Jonatan Brönstrup, pelo PSDB, e Renato Altmann, pelo PSD. Com o racha entre PDT e PL, e a provável candidatura a prefeita da própria Aline, há quem aposte em possíveis alianças entre os quatro postulantes. E muitos apostam, inclusive, em uma união entre Forneck e Brönstrup. Aliás, a proximidade entre ambos foi uma das razões apresentadas pela vice-prefeita para a ruptura com o chefe do Executivo.
ada mexe com tabuleiro eleitoral
Foco na “segurança hídrica”
Novo presidente da assembleia legislativa, Adolfo Brito (PP) tem como “carro-chefe” para a sua gestão a segurança hídrica. Ele promete atuar para consolidar novas políticas públicas e linhas de crédito justas para auxiliar o homem do campo com projetos de irrigação sustentáveis. “Não podemos mais permitir que o jovem deixe a propriedade para ganhar um salário mínimo na cidade. Precisamos dar condições mínimas para que se tornem empresários rurais”, destacou o deputado e novo chefe do parlamento gaúcho. Além disso, ele terá de ter muito jogo de cintura para tratar de dois assuntos espinhosos: as queixas contra as concessionárias de energia e, claro, os decretos do governo estadual que retiraram benefícios fiscais do setor produtivo.
Mais voz, força e protagonismo à Região Alta
O Grupo A Hora lança hoje o caderno Região Alta, todo dedicado à produção de conteúdo nas 20 cidades que pertencem à Amat. O propósito é garantir ainda mais voz, força, autonomia e protagonismo aos municípios instalados no entorno de Encantado, e cuja pujança e força econômica ainda carecem de um canal mais amplo de comunicação para levar as dores e demandas até as mais altas cúpulas dos poderes. O material será divulgado todas as quintas-feiras, e com um ingrediente especial: a coluna do amigo, colega e jornalista Diogo Fedrizzi, um exímio conhecedor daquela importante região do Vale do Taquari.
Enchente e mão de obra
Líderes regionais compartilham um alerta preocupante ao Vale do Taquari. Diversas companhias e empreendimentos percebem uma queda nos índices de mão de obra local após as trágicas enchentes de 2023. E faz sentido. Muitos trabalhadores de fora da região se estabeleceram em áreas que foram duramente atingidas pelas cheias. E fugiram com medo de novos eventos climáticos. O movimento tende a aumentar – ainda mais – a curiosa dicotomia verificada na região: sobram vagas de emprego, e faltam trabalhadores.
TIRO CURTO
– Curiosidade. A nota oficial do PL, confirmando o rompimento com o governo de Teutônia, foi assinada por Alana Flores, que até então era a coordenadora da Assessoria de Comunicação da prefeitura. Ela também é presidente municipal do PL e é cotada para concorrer a vereadora.
– Elmar Schneider (MDB) mudou o estilo durante as férias. Na entrevista concedida ao Frente e Verso, na terça-feira, ele deixou de lado as roupas mais formais e parecia muito mais jovial. Há quem diga que isso seja uma forma de se aproximar de outros públicos e eleitores.
– Celso Kaplan (PP) ainda não confirma a pré-candidatura a prefeito de Imigrante. Mas tudo indica que ele vai buscar novamente a principal cadeira do Executivo. Diante disso, Germano Stevens (MDB) não vai abrir mão de concorrer à reeleição. E a briga vai ser boa.
– Uma comitiva da Amat projeta viagem a Brasília na próxima semana. Na agenda, visitas aos parlamentares e membros do alto escalão do governo federal. Em pauta, a reconstrução de pontes. São os rescaldos e demandas das históricas enchentes de setembro e novembro de 2023, e que ainda não viraram prioridade à União.
– Em tempo. O governador Eduardo Leite (PSDB) não cantou o Hino Riograndense durante a posse do novo presidente da assembleia legislativa.
“Suicídio político”
Presidente do Conselho da Dália Alimentos, Gilberto Picinini concedeu entrevista ao Frente e Verso ontem para falar sobre os decretos anunciados pelo governador Eduardo Leite (PSDB), e cujo principal propósito é a retirada de benefícios ao setor produtivo, com fortes impactos ao setor alimentício. Picinini, claro, demonstra muita preocupação com a cadeia da proteína animal. Além da perda de competitividade das empresas e indústrias do setor, ele prevê aumento de preços da cesta básica, perda de renda das famílias gaúchas, riscos à sobrevivência da pequena agricultura familiar, entre outros problemas diretos e indiretos. “É um suicídio político”, resume Picinini. Sobre isso, aliás, a Federasul convoca as entidades de classe para uma reunião no dia sete de fevereiro para debater as mesmas sequelas da política do governo estadual.
Chapa pura do PP?
Alguns líderes do PP de Lajeado estão convictos: é preciso manter a “chapa pura” no pleito municipal de outubro. Ou seja, a pré-candidata Gláucia Schumacher (PP) pode ser pressionada a buscar um companheiro (a) de partido para compor a dobradinha que terá o desafio de continuar no poder. Paralelo a isso, as siglas coligadas seguem na expectativa por muito mais protagonismo.