Por unanimidade, a Câmara de Lajeado deu sinal positivo para o projeto que estima a arrecadação e fixa a despesa do município para 2024. A votação ocorreu na sessão dessa terça-feira, 12. Pelo texto, o orçamento é de 598.567.800,00.
O texto foi aprovado em conjunto com cinco emendas, em que os vereadores asseguraram a destinação de recursos para construção de uma nova unidade de saúde no bairro Olarias e atividades culturais, por exemplo. A estimativa é arrecadar R$ 153,9 milhões somente com impostos, taxas e contribuições de melhorias.
Carlos Eduardo Ranzi (MDB) enfatizou que o projeto mantém os 10% de movimentação livre, o que representa quase R$ 60 milhões que podem ser direcionados sem a anuência do Legislativo. “É quase um cheque em branco, mas vamos fiscalizar e esperamos que os vereadores da situação também acompanhem”, pediu.
Heitor Hoppe (PP) demonstrou preocupação com uma possível queda na arrecadação devido aos desastres naturais do segundo semestre no Vale do Taquari e com impacto na maior cidade. “Muitas coisas boas acontecem mas podemos fazer mais e melhor. Além disso, dependemos muito da economia regional. Tivemos duas enchentes, o Vale teve um baque grande”, analisou.
Auxílio para a Vidraçaria Lajeadense
Outra proposta aceita por unanimidade foi o protocolo de intenções com a Vidraçaria Lajeadense, para que a empresa transfira sua estrutura do Carneiros para o bairro Imigrante. Pelo acordo, a empresa paga um terço do valor da nova área e os outros dois terços serão repassados pelo município por meio de terrenos. A Lajeadense tem 10 anos para quitar o valor com o município.
O governo está autorizado a repassar R$ 350 mil aos donos de área no bairro São Cristóvão pela desapropriação do local onde será construída uma unidade de saúde
Outro projeto que avançou estabelece alterações na lei orgânica. As modificações visam modernizar a legislação e é resultado de estudos feitos durante 2023, em conjunto com o departamento jurídico. Aprovada ainda a denominação de Arnesto Mantovani para uma rua em loteamento situado no bairro Conventos.
Críticas para o valor da decoração de Natal
Vereadores questionaram os gastos com a decoração de Natal. Jones Vavá (MDB) apresentou um relatório com R$ 105 mil pagos de aluguel por 30 dias da casa do Papai Noel. Mozart Lopes (PP) rebateu com o argumento de que a praça da Matriz é uma das mais bonitas do estado.
Márcio Dal Cin (PSDB) apresentou reportagem do Grupo A Hora sobre as calçadas de Lajeado. Segundo os dados, são 400 rampas que deveriam ter sido construídas, mas existem 335 atualmente. Dos R$ 200 mil, foram utilizados R$ 187 mil e outros R$ 400 mil ainda entrarão nos cofres públicos para a mesma finalidade.
Waldir Blau (MDB) cobrou que o atendimento nos postos de saúde não sejam interrompidos por férias de médicos e que a secretaria organize um cronograma onde a população não fique sem o serviço. Ranzi abordou o atraso na obra da ERS-130 e os demais problemas de infraestrutura em Lajeado.
Eder Spohr (MDB) pediu melhorias na rua Carlos Spohr Filho, desde o bairro Moinhos, São Bento até o Jardim Botânico. Ele lembrou de dois acidentes fatais, além de vítimas que sofreram ferimentos graves no local.
Alex Schmitt (PP) reforçou sua preocupação com o estacionamento rotativo. Nesta quarta-feira, 13, uma reunião está agendada para 9h na Câmara com líderes empresariais. A ideia é apresentar alternativas ao modelo oferecido pela “Stacione”. Já Deoli Gräff (PP) defendeu a dragagem do Rio Taquari.
Isidoro Fornari Neto (PP) revelou que nos próximos dias o projeto para construção da nova sede do Sest/Senat, no bairro Montanha, será encaminhado ao Legislativo.
Mozart apontou que o prefeito Marcelo Caumo vai apresentar o projeto de um novo ginásio para o bairro Florestal, além das 12 áreas para construção de casas populares aos atingidos pela enchente. Os recursos serão encaminhados pelo Governo Federal.
