O Ministro de Comunicação do Governo Federal, Paulo Pimenta, defendeu a decisão do presidente Lula em vetar a desoneração da folha, o que inside na retomada da carga de impostos em 20% sobre o valor do salário dos trabalhadores.
Em entrevista ao Grupo A Hora, Pimenta argumentou que a redução da alíquota não impediu que empresas enfrentassem dificuldades financeiras e até decretassem falência. “Busquem no Vale do Taquari quantos foram os empregos criados ou mantidos. Tem empresa que foi beneficiada e faliu. O emprego foi embora junto com o incentivo tributário”, justificou.
O Ministro afirmou que o Governo estuda uma proposta alternativa e que todas as ações precisam considerar a geração de emprego, o que segundo ele, é uma das principais preocupações do presidente. Ainda conforme o gaúcho, que é um dos nomes fortes do Governo Federal, a diminuição não oferece nenhuma contrapartida para classe trabalhadora, apenas para os empresários.
Lula vetou integralmente o projeto que sugeria estender até 2027 a desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia e reduzir a contribuição para a Previdência Social paga por pequenos municípios. O texto previa manter a contribuição para a Previdência de setores intensivos em mão de obra entre 1% e 4,5% sobre a receita bruta. A política beneficia em especial o setor de serviços.
O veto será analisado e pode ser derrubado pelo Congresso Nacional. Em diferentes regiões do Brasil, empresários acenaram com a possibilidade de demissões pela elevação dos custos.