Pensar educação precisa ser em longo prazo

Opinião

Filipe Faleiro

Filipe Faleiro

Jornalista

Pensar educação precisa ser em longo prazo

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Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

O governo federal pretende reformular o Ensino Médio. A proposta para mudar decisões anteriores chegou ao Congresso Nacional. Sem entrar no mérito se é correto ou não, mais uma vez temos a prova de que falta de planejamento de país, em especial quando se trata da educação, base de qualquer sociedade evoluída.

Pelo que foi entregue nessa terça-feira pelo presidente Lula, há uma revisão de rumo quando se olha para a carga horária de disciplinas tradicionais e também dos objetivos dos chamados Itinerários Formativos.

O Novo Ensino Médio já havia sido implementado em 2022, apenas para ser suspenso em abril deste ano. Essa falta de continuidade prejudica a capacidade das escolas de planejar a longo prazo e compromete a qualidade da educação.

Ricardo Stuckert/Divulgação

A sociedade precisa se apropriar das discussões educacionais e participar na construção de uma visão de longo prazo para o país. Isso envolve pressionar os governantes para que haja continuidade nas políticas educacionais, independentemente de quem estiver no poder. A educação é a chave para o desenvolvimento e a transformação, e esse objetivo só será alcançado quando houver um olhar de longo prazo.

Dois exemplos

Japão e Coreia do Sul. Claro, guardada as proporções e características culturais com as terras tupiniquins, são nações que tiveram políticas públicas dedicadas à educação.

No livro “O Capital no Século XXI”, o economista Thomas Piketty destaca como o Japão se recuperou após a Segunda Guerra Mundial, com planejamento voltado ao arranjo produtivo local e na educação. Esse investimento estratégico permitiu ao país se transformar em uma potência econômica de hoje.

Já a Coreia do Sul mudou de patamar em menos de 30 anos. Hoje, o país exporta tecnologia e lidera em pesquisa, inovação e tecnologia. Os dois países orientais tiveram a premissa voltada à qualificação das pessoas.

Esses exemplos mostram que a educação de qualidade não é construída em quatro anos de governo, mas sim em décadas de investimento e planejamento contínuo.

RUMO O futuro da mão de obra

Na segunda-feira, a primeira turma do projeto RUMO recebeu os certificados. Passaram por cursos de comunicação, comportamento, inteligência emocional e também visitaram empresas participantes da iniciativa. Idealizado pelo Grupo A Hora, o programa lança luz sobre um problema de todas as organizações: a falta de sintonia entre expectativas do setor produtivo e os jovens em idade para entrar no mundo do trabalho.

Agora, a próxima etapa é avaliar os programas de qualificação para profissionais que já estão inseridos no mercado. Com um cenário de envelhecimento populacional e transformação dos fluxos produtivos, essa lacuna da mão de obra permanece e ainda desafia para a requalificação dos adultos.

Drops high tech

Regras para IA.

Parlamento da União Europeia avança na regulação das Inteligências Artificiais (Ias). Um projeto base foi aprovado em maio. Nessa terça, um conjunto de normativas começou a ser elaborado. Depois de pronto, será feito um documento padrão para a versão final das leis. Cada estado-membro terá acesso e fará com base nas próprias peculiaridades. A próxima etapa do chamado Trílogo ocorre em dezembro.

Ressaca pós-influenciadores.

Criadores de conteúdo de vídeo para internet se tornaram um nicho de mercado e oportunidade de marketing para marcas. Porém, cresce um movimento contra isso. Restaurantes e bares dos EUA e na Europa começam a proibir imagens internas com uso de equipamentos como iluminadores e tripés. Afinal, basta um influenciador adentrar em um assunto polêmico que as marcas podem ser maculadas junto.

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