Não é moda, é compromisso: o TRC está cada vez mais elétrico

Opinião

Lucas Scapini

Lucas Scapini

CEO do Grupo Scapini e diretor da Fetransul

Não é moda, é compromisso: o TRC está cada vez mais elétrico

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Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

A revolução energética já é uma realidade que não podemos ignorar; ela está diante de nós, moldando o presente e o futuro. Observamos uma crescente popularização dos veículos elétricos, abrangendo desde motos até caminhões, todos funcionando sem depender de combustíveis fósseis.

Nesse cenário, percebo a adoção destes veículos como uma mudança extremamente positiva. A preservação ambiental se tornou uma prioridade incontestável nos dias de hoje, e as empresas estão cada vez mais comprometidas em reduzir as emissões de CO2. No entanto, devo admitir que a infraestrutura brasileira enfrenta desafios, especialmente no que diz respeito às energias renováveis. Isso é particularmente evidente na logística e no transporte rodoviário, setores que poderiam fazer uso de combustíveis elétricos, como gás e energia solar.

Acredito que o Brasil possui um enorme potencial para desenvolver ainda mais sua infraestrutura elétrica, principalmente quando se trata de equipamentos de logística rodoviária. Nossa vasta extensão geográfica oferece oportunidades significativas para criar uma base sólida nesse sentido, impulsionada por um compromisso com a sustentabilidade.

Atualmente, nosso país está em 8º lugar no ranking mundial na produção de energia solar, segundo a Agência Internacional de Energias Renováveis (IRENA). Com o feito inédito, o Brasil ultrapassou países como Holanda e Coreia do Sul e ancora a 8ª posição do estudo.

Porém, é inegável que existem desafios a serem superados no aprimoramento da infraestrutura de veículos elétricos e equipamentos afins. Para alcançar esse objetivo, é crucial uma colaboração ativa entre o governo e as empresas privadas, com investimentos substanciais direcionados à logística e infraestrutura.

A disponibilidade de estações de carregamento ainda é limitada, é necessário um esforço coordenado para expandir essa rede. Enquanto as tomadas convencionais podem ser utilizadas, seu tempo de carregamento ainda é relativamente longo, o que ressalta a importância dos carregadores rápidos, conhecidos também como fast chargers, para garantir uma recarga mais eficiente e rápida.

Ao falar do setor privados, muitas empresas e líderes têm estabelecido metas ambiciosas para a redução das emissões de CO2 até 2050. Isso demonstra a crescente conscientização sobre a importância da sustentabilidade. No entanto, para alcançar essas metas, é essencial um esforço conjunto, que engloba tanto o setor público quanto o privado.

No Grupo Scapini, estamos cientes da importância de buscar alternativas sustentáveis. Já possuímos dois veículos elétricos, mas enfrentamos desafios na infraestrutura de carregamento, principalmente nas áreas urbanas. Embora haja a intenção de investir em mais caminhões desse tipo, algo que ocorrerá alinhado ao desenvolvimento do ecossistema tecnológico.

No momento, as limitações existentes impactam nossa capacidade de adotar veículos totalmente elétricos, porém sabemos que é uma questão de tempo até haja a infraestrutura ideal para isso.

As melhores soluções para impulsionar essa transição energética envolvem investimentos substanciais por parte do governo, de investidores e empresas privadas. A conscientização sobre a importância de preservar nosso planeta é o motor dessa mudança. À medida que a infraestrutura evolui, acredito que os empresários estarão mais dispostos a investir em tecnologias de combustíveis alternativos.

Nossa atuação como parte integrante de projetos alinhados com metas de redução de CO2 é prova do nosso compromisso nessa jornada. Com empresas e governos unindo esforços para zerar as emissões até 2050, nós, como parceiros estratégicos, estamos orgulhosos de participar desse movimento transformador que busca preservar o nosso planeta para as gerações futuras.

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