Influenciado pela trajetória familiar, sempre em contato com a agropecuária, Eloí Machado dos Santos viu crescer o desejo de ter o próprio negócio. Com grande paixão pela área, mesmo após abrir a empresa, continua em busca de aprendizados e experiências que agreguem para a posição da companhia no mercado.
Para falar sobre a caminhada profissional, o diretor administrativo da Machado Agropecuária de Encantado participou nessa segunda-feira, 31, de “O Meu Negócio”, programa multiplataforma do Grupo A Hora. Durante a conversa, comentou que os pais eram criadores de gado de pequeno porte e que ele auxiliava no processo.
Natural de Júlio de Castilhos, município próximo de Santa Maria, aos 12 anos se mudou para a cidade polo da região Central do RS. Machado comenta que lá fez o primeiro e segundo grau, serviu ao Exército e cursou medicina veterinária na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).
Ele também pontua que, com o passar do tempo, começou a frequentar o município de Roca Sales por conta de estágios, e foi quando adentrou no ramo da suinocultura. Em 1990 começou a trabalhar na antiga Cosuel, hoje Dália Alimentos. Por lá, ficou sete anos, momento em que também se mudou para o Vale do Taquari.
Machado detalha que passou pelos setores de clínica geral e depois passou para o setor de técnicas de desenvolvimento na área da suinocultura. “Trabalhei lá por sete anos. Durante esse período conheci muita gente, ampliei relacionamentos com empresas e participei de diversos congressos. Isso me auxiliou na qualificação como profissional”, acrescenta.
Sempre com o desejo de abrir o próprio negócio, em 1998, após sair da Dália, fundou a Machado Agropecuária. Pontua que na base de todo o resultado da empresa está a dedicação em conhecer o mercado. “Nunca podemos parar de pesquisar. Artigos técnicos, seminários, palestras e convenções. Buscar experiência é o jeito de se posicionar no mercado”, frisa.
Entrevista: Eloí Machado dos Santos • Diretor administrativo da Machado Agropecuária, de Encantado
“Mais do que saber do potencial do setor
agropecuário, eu sempre acreditei nele”
Rogério Wink: O que te inspirou a montar a agropecuária?
Eloí Machado: Sempre tive muita vontade de abrir meu próprio negócio, e, em 1997, quando a empresa estava passando por um processo de reorganização, fui desligado. Percebi que esse era o momento que estava esperando. Tinha conhecimento da área, conhecia fornecedores e já tinha um local que poderia fazer isso acontecer. Juntei a necessidade e a oportunidade e assim, um ano depois, em 1998, a Machado Agropecuária começou.
Wink: Como começou o negócio?
Machado: Tinha um ex-colega, que acabou virando meu sócio, que havia comprado uma filial da Cosuel em Muçum. O local virou nossa sede. Entrei com a mão de obra e ele cuidava da venda de equipamentos. Um tempo depois, assumi as vendas também, mas na área da saúde, medicamentos e vacinas. O negócio foi tomando corpo em 1998, e, quatro anos depois, em 2002, optamos por separar. Nunca tivemos atrito, a separação veio pela questão de foco. Eu queria expandir e ele ficar por aqui. Fiquei mais dois anos no prédio e em 2004 mudei a empresa para Encantado.
Wink: Qual era o foco no início do negócio em Encantado?
Machado: Equipamentos de ordenha e de suínos e aves. Com o passar do tempo, começamos a atender o produtor em todas as demandas. De qualquer maneira, o foco sempre foi o nosso consumidor final, entregar produtos com qualidade e tecnologia para que o cliente pudesse ter o melhor resultado. Fomos diversificando o negócio e aumentando a infraestrutura administrativa e o número de funcionários. Implementamos, também, o acompanhamento de agrônomos para o cuidado pós-venda. Isso é um grande diferencial. Além disso, hoje, temos nosso centro comercial com a agropecuária e a Machado Agrícola, que atende a parte de insumos.
Wink: O que é a Machado Agrícola?
Machado: Ela vem para complementar a Machado Agropecuária. São dois CNPJs, duas empresas diferentes, que se unem para atender todas as necessidades do nosso cliente. Por exemplo, aquele consumidor que tem pecuária, também tem lavoura e precisa de insumos para cultivar e dar o suporte para o cuidado do gado.
Wink: Como você implementa as novas tecnologias para os produtores?
Machado: Na área de ordenhadeira nós representamos uma empresa sueca que possui equipamentos extremamente modernos e sofisticados. Eles aumentam a qualidade do ambiente para os animais, possuem ordenha e cabines de alimentação automatizadas. Além disso, é possível monitorar tudo pelo celular, então se acontece alguma pane, pode ser ajustado de modo remoto. O sistema robotizado é o futuro. Ele facilita a mão de obra e aumenta a produtividade do animal, além da qualidade de vida dele e de quem cuida.