O Plano Safra 2023/24 entrou em vigor no sábado e as primeiras contratações começaram a ser liberadas nesta semana. Por enquanto, bancos e cooperativas não têm autorização para conceder crédito com equalização do governo federal. A expectativa é que o órgão publique nos próximos dias a portaria com as informações sobre o montante de recursos que cada banco poderá operacionalizar nesta temporada. No caso da Sicredi Integração RS/MG, a cooperativa anunciou a destinação de R$ 200 milhões para o crédito do agro. O valor é 20% maior que os R$ 170 milhões disponibilizados na safra anterior (2022/2023) e estratégico para o fortalecimento do campo e toda a cadeia. Em âmbito das áreas de atuação da Sicredi Integração RS/MG, o recorde de R$ 200 milhões em valores financiados também deve superar as 1.660 operações da safra anterior. Em termos de aproveitamento, R$ 32,9 milhões foram usufruídos pela agricultura familiar, R$ 14,3 milhões por médios produtores e R$ 80 milhões pelos demais do campo. Se dividido em modalidade de crédito, houve R$ 77,5 milhões encaminhados para projetos de custeio e R$ 92,5 milhões de investimentos.
Preço dos grãos sobe e pressiona custos das carnes
As secas extremas prejudicam lavouras nos Estados Unidos. Segundo boletins de agências internacionais, 70% das áreas de milho estão sob alguma condição de seca e 63% das lavouras de soja apresentam perdas. Situação essa que mexe com os preços no mercado das commodities. As cotações desta semana registram altas consecutivas e a saca de soja volta a superar os R$ 140. Em paralelo, há tendências de alta nos custos de fertilizantes, seja por aumento de demanda ou especulações de mercado. Fato é, que essa situação toda volta a preocupar o setor de proteína animal, que enfrenta graves problemas. Com os principais ingredientes da nutrição animal mais caros, o cenário de instabilidade nas agroindústrias se estende. Um dos exemplos é a Languiru. A cooperativa já suspendeu o abate de suínos e reduziu a produção de aves em meio a uma forte crise financeira. Além de buscar alternativas para reduzir custos, o setor tenta captar cerca de R$ 2 bilhões por meio do Pronaf, para auxiliar empresas e produtores.