O excesso de fios nos postes causa poluição visual e aumenta riscos em caso de incidentes. Um problema cada vez mais presente em diversas cidades do país. Em Lajeado, a falta de fiscalização, o descumprimento das normas técnicas de prestadoras de serviço e a ausência de punição, mostram a complexidade de se chegar a alguma solução.
Diante do quadro, a provedora de internet Brasrede inicia o projeto “Poste Limpo”. Conforme o gerente comercial, Marco Antônio Bart, a ideia é dedicar uma equipe de manutenção só para fiscalizar instalações nos postes, consertar, organizar e substituir a fibra óptica dos clientes da empresa.
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Em uma estimativa interna, a partir da análise das áreas de cobertura da Brasrede, o gerente estima metade das instalações atuais nos postes estão ilegais. “Temos um contrato com a concessionária de energia para uso da estrutura. Ali há detalhes técnicos, nossa obrigação em manter tudo em condições, com altura mínima dos cabos e manutenção.”
Segundo ele, a falta de fiscalização atrapalha quem está dentro da lei. “Trata-se de uma situação que ocorre por todo o país. Discutimos essa temática nos fóruns do setor e avaliamos possíveis soluções. Sabemos que alcançar 100% é muito difícil, mas precisamos começar.”
Marco Bart sugere um mutirão entre todas as empresas do segmento na região, para que possam adotar ações conjuntas e minimizar o impacto nas cidades. “A Brasrede sozinha não tem como resolver. Temos limitações por lei. Só podemos mexer nos nossos cabos. Temos todos identificados e seguimos o padrão. Ainda assim, recebemos apontamentos das pessoas. Nos questionam muitas vezes por situações que nem estão na nossa alçada”. A provedora atua em 12 municípios do Vale do Taquari. A equipe de manutenção irá atuar em toda a área.