Empreender é correr riscos e abrir mão da segurança econômica. Quando você decide deixar um cargo público conquistado por um concurso para se tornar uma empreendedora, isso é ainda mais desafiador. E essa é a essência da advogada Márcia Pierozan, que lidera um escritório de mesmo nome desde 2010, em Lajeado. Contudo, sua jornada inicia muito antes.
Natural de Casca, município próximo a Passo Fundo, Márcia cresceu em Guaporé e começou a trabalhar aos 13 anos. Oriunda de uma família humilde, o plano dos pais era que ela trabalhasse em uma fábrica de jóias. Porém, uma catapora mudou tudo. Quando sua madrinha, que era fiscal dos registros públicos do município, soube da situação, levou Márcia para trabalhar com ela.
Isso foi motivo de orgulho para a família, principalmente para o pai, que ostentava a filha aos amigos por ela ajudar financeiramente com as despesas da casa. Todavia, logo essa rotina mudaria. “Quando eu tinha 16 anos, minha madrinha assumiu a mesma função em Encantado e eu me mudei com ela. Aos 18 passei num concurso público no Poder Judiciário da cidade e me tornei servidora pública”, recorda.
Aos 24 anos, Márcia passou em um concurso em Lajeado, onde atuou por mais sete anos. Foi neste período que observou mudanças nas necessidades dos clientes, assim como viu um grande déficit no mercado voltado à área previdenciária. Depois de conversar com a família, concluiu que era o momento de se arriscar e buscar algo novo. Assim, ela deixou a função no Poder Público para empreender e começar seu próprio escritório.
Em 1997, quando escolheu mudar, passou a trabalhar com Ângelo Arruda, que abriu as portas de seu escritório para que Márcia desenvolvesse o setor previdenciário. O sucesso foi grande e o crescimento da demanda criou a necessidade de que ela seguisse um caminho próprio. Assim, em 2010, o escritório que leva seu nome foi oficialmente montado e o desenvolvimento da operação expandiu ainda mais.
“Esse ramo do Direito é muito gratificante porque o cliente busca aquilo que é justo e, às vezes, a remuneração para se sustentar. Conseguir ajudar essas pessoas é muito gratificante”, conclui Márcia, um exemplo de como o empreendedorismo transforma a vida e abre janelas para ajudar incontáveis pessoas.
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