Lajeado confirmou, nesta quarta-feira, 15, os primeiros três casos de Dengue em 2023. Todos são autóctones, ou seja, de pessoas que se contaminaram na cidade. Outros sete suspeitos estão à espera dos resultados dos exames. No ano passado, quando o município enfrentou um surto da doença, os primeiros registros ocorreram no dia 7 de fevereiro. O estado é de alerta.
– A chegada das chuvas após este período de estiagem pode propiciar o aumento da proliferação do mosquito transmissor da doença e com isso a possibilidade de um novo surto de Dengue. Por isso, precisamos da ajuda da comunidade para combater os criadouros do mosquito. A melhor forma de se proteger é evitar que o mosquito se desenvolva – explicou a coordenadora da Vigilância Epidemiológica do município, Juliana Demarchi.
Importante salientar que o Aedes Aegypt é transmissor também da Chikungunya e da Zika. Para denúncias de focos do mosquito entre em contato com a Vigilância Ambiental pelo fone (51) 3982-1216.
Importante
INSETO URBANO – A Vigilância Ambiental explica que o mosquito transmissor da dengue é um inseto urbano e 80% dos seus focos encontram-se no ambiente domiciliar e peridomiciliar (ao redor das casas). Desta maneira, é importante que sejam mantidos todos os cuidados para que não ocorra a proliferação do mosquito e, consequentemente, transmissão da doença. Quase 97% dos criadouros do mosquito em Lajeado são encontrados nas residências, sendo 16,2% em bromélias e 14,4% em ralos.
FOCOS DO MOSQUITO – Entre os dias 27 e 31 de janeiro, foi realizado o mais recente Levantamento Rápido do Índice de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa), com a inspeção em 2.320 imóveis do município. Foi constatado um Índice de Infestação Predial (IIP) de 3,8%, o que significa que Lajeado estava com risco médio para a epidemia de doenças causadas pelo mosquito Aedes aegypti – o limite para risco alto é 3,9%. O índice satisfatório preconizado pelo Ministério da Saúde é de até 0,9%.
VISITAS DO AGENTE – As ações de prevenção e eliminação de focos são realizadas pelos agentes de saúde e de endemias e estão direcionadas para as áreas com casos suspeitos e confirmados de dengue, chikungunya e zika. Se um agente visitar a sua casa, permita a entrada. Ele orientará sobre como evitar o mosquito e como se prevenir.
REPELENTE – Uma forma de evitar a contaminação é o uso e reaplicação contínua de repelente de insetos. Isso afasta os mosquitos, evitando a picada por um mosquito potencialmente contaminado, e ao mesmo tempo evita que um mosquito se contamine ao picar um doente e transmita a doença para outras pessoas. Estima-se que um único mosquito contaminado possa passar a dengue para 300 pessoas.