O Brasil fora, os anúncios de Lula e as incertezas que permanecem

Opinião

Fernando Weiss

Fernando Weiss

Diretor de Mercado e Estratégia do Grupo A Hora

Coluna aborda política e cotidiano sob um olhar crítico e abrangente

O Brasil fora, os anúncios de Lula e as incertezas que permanecem

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Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

Essa Copa do Mundo fora de época já vinha, aqui no Brasil, dividindo atenção com os movimentos da transição no governo federal. Ao passo que a seleção brasileira é eliminada mais uma vez nas quartas de final, toda atenção se volta para as últimas semanas de governo de Jair Bolsonaro e a chegada de Lula ao Palácio do Planalto.

Curiosamente, Lula deixou para anunciar sua primeira leva de ministros, minutos antes do último jogo do Brasil na Copa, numa clara tentativa de esvaziar a repercussão e tentar evitar alguma reação negativa do mercado. Mas também é uma demonstração de insegurança, até mesmo de falta de convicção.

De fato ontem, o assunto principal não foi a nomeação dos ministros de Lula, e sim, a eliminação do Brasil da Copa da Qatar. Mas agora deu. Com a seleção fora da disputa, o olhar se volta exclusivamente para Brasília. Tudo passa a ser a transição de Bolsonaro para Lula. Paulo Guedes e Fernando Haddad é como água e vinho. Sai alguém visionário, com foco na emancipação empreendedora da economia nacional, e entra alguém cujo histórico não permite conclusões definitivas. Este é, seguramente, o motivo da surpresa por parte de muitos com a nomeação de Haddad para conduzir a economia do país.

Se formos dar “um google” não encontraremos nenhum posicionamento ou manifestação contundente de Haddad sobre o que ele pensa da deteriorização de expectativas econômicas (juros e inflação) do último mês, provocada por decisões de gasto e declarações irresponsáveis do comando político de transição.

De fato, o anúncio do ministro da Economia não permite uma clareza daquilo que será a linha de atuação do governo Lula. Ou seja, Haddad para ministro da Economia é um tiro no escuro e que deixa o brasileiro órfão de uma ideia clara do que vem por aí.


Schneider e o olhar a frente

O prefeito de Estrela, Elmar Schneider, mostrou mais uma vez, nesta semana, ter visão futurista. Mais do que anunciar o Conselho do Futuro, ele apresentou projeto de construção de um parque de Eventos, junto à área do Porto de Estrela.
De fato, existe um vazio de locais na região para realização de feiras, exposições e congressos. A última Expovale é o exemplo mais recente da insuficiência e precaridade do Parque do Imigrante, em Lajeado.

Muito por isso, Schneider sai na frente e projeta um parque de eventos modelar para a região portuária. A proximidade com a capital, somada a toda a transformação econômica que atravessa o Vale do Taquari, favorecem a construção de um espaço à altura de receber eventos (feiras, congressos e exposições) de espectro estadual e nacional.

Bafo na nuca

Não tenho dúvida que o anúncio de Schneider em construir um parque de eventos no Porto mexeu com os brios dos líderes lajeadenses. Faz tempo fala-se em transformar o parque do Imigrante (hoje muito mais ginásio esportivo do que parque) num grande espaço para receber eventos de diferentes segmentos e dimensões. Na Expovale +Construmóbil recém encerrada, o assunto voltou ao debate. Agora que Estrela anunciou um parque, será que Lajeado acelera essa transformação? Não deixa de ser uma disputa saudável.


A responsabilidade que nos cabe

Lajeado e vários municípios da volta viveram no verão passado um drama sanitário em razão dos milhares de casos de dengue. Com a chegada dos dias de calor, o alerta se faz necessário em razão da proliferação de mosquitos que teremos daqui para frente.

Um olhar em volta dos nossos jardins, vasos de flores, potes, pneus e piscinas é imperioso para vencer o aedes aegypti. Não adianta transferir toda responsabilidade para a prefeitura. Cada cidadão está convocado a fazer a sua parte.


Univates costura parceria com a Coreia do Sul

É no mínimo promissor o movimento que faz a Univates com a Câmara do Comércio e Indústria Brasil – Coreia do Sul. O superintendente executivo da Univates, Oto Moerschbaecher, é o interlocutor de uma aproximação com os sul-coreanos. A educação e a inovação tecnológica do país asiático são o que há de melhor no mundo. Muito por isso, o namoro que se inicia entre Coreia e Brasil é muito animador.

Moerschbaecher integra a missão ao país asiático em março, quando buscará com universidades locais construção de parcerias vindouras. Estágios, intercâmbios, entre outros, são apenas alguns dos ganhos dessa aproximação. Trinta municípios brasileiros foram selecionados e convidados para liderarem este projeto piloto de conexão com a Coreia do Sul, e Lajeado está entre eles.

Tudo ainda é bastante incipiente, e como diz o professor Oto: “não sabemos exatamente onde tudo isso vai terminar, mas temos certeza que precisamos começar”. E isso é verdade. Com o mundo cada vez mais tecnológico e em transformação, é preciso buscar inspiração em quem é exemplo para o mundo inteiro.

Presidente da Câmara do Comércio e Indústria Brasil – Coreia do Sul com o superintendente executivo da Univates, Oto Moerschbaecher. Crédito: Divulgação

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