Em agosto de 2017, Jerônimo Freitas deixou Bom Retiro do Sul para levar Kesley Mattes, Emerson Gaspar e Vitor Gonçalves até o EC Novo Hamburgo para jogar nas categorias de base. Cinco anos depois, Freitas é eleito o presidente da equipe para dar sequência ao projeto de desenvolvimento do clube.
A relação com o clube começou em uma necessidade. Como a equipe não oferecia alojamento, Freitas alugou uma casa para os atletas. Depois de um período, o local virou uma república para os atletas do clube e com isso, iniciou-se a aproximação com o anilado.
Destaca que a escolha pelo clube foi por considerar a terceira força do Rio Grande do Sul, atrás apenas da dupla Gre-Nal e Juventude. Além disso, cita a localização próxima da capital e o título do Gauchão em 2017 como outros fatores importantes.
Em 2020, durante a pandemia, se aproximou ainda mais do EC Novo Hamburgo, em uma parceria com João Hansen, criaram a Vale World, assumiram o projeto de coordenar e gerir as categorias de base do clube.
Em 2017, Freitas encaminhou diversos jogadores para as categorias de base do Novo Hamburgo – foto: divulgação
Processo eleitoral
A eleição para presidente o pegou de surpresa. Durante o processo, haviam duas chapas concorrendo o posto, porém durante a Copa FGF, um dos postulantes ao cargo foi conhecer o trabalho na base e gostou do processo de reorganização e reestruturação da base. Após isso citou que o melhor caminho para o clube seriam os candidatos se unirem e indicar um terceiro para comandar o clube, com isso o Freitas foi o nome escolhido. A eleição foi realizada na noite dessa terça-feira, no Estádio do Vale. Freitas terá como vice-presidentes Vinicius Hansen e Marcelo Schauler. A posse está marcada para o próximo dia 22.
Metodologia de trabalho
Freitas tem como metodologia de trabalho focar para projetar atletas ao mercado e tornar o time autossuficiente. Além disso cita que o objetivo é trabalhar com jogadores negociáveis. “Sei do tamanho do Novo Hamburgo e a dificuldades que é para um clube buscar receitas. Sempre falo que padaria vende pão e clube de futebol tem que vender atletas.”
Sobre 2023, projeta bastante desafios, com a disputa do Gauchão, Série D e Copa FGF. Cita que para o Estadual a ideia é fazer uma competição sólida para buscar vaga na Série D de 2024 e uma vaga na Copa do Brasil. “Temos sempre que almejar coisas grandes, pensar em classificação e fazer uma ótima temporada. Esse é o objetivo de 2023.”
“Se o Novo Hamburgo estiver na C ao fim do meu mandato será um trabalho bem feito”
Desde 2020 trabalhando no Novo Hamburgo, Jerônimo Freitas tornar o clube auto sustentável. Seu mandato vai até o fim de 2024.
Foto: Divulgação
Quais são as suas prioridades como presidente?
Freitas – Manter a organização financeira do clube. Hoje o Novo Hamburgo é um clube saudável está com as contas em dia, então temos que manter isso. Minha prioridade é buscar negócios para a equipe se tornar um clube auto sustentável. Hoje a gente é referencia como clube de base, somos a nona melhor base do Sul do Brasil, queremos trazer isso para o profissional também.
Como será a ligação com o Vale do Taquari?
Freitas – O Vale sempre teve uma expressão bacana dentro do Novo Hamburgo. Teve o Diego Zieeg, que é um excelente profissional. Teve meninos de Bom Retiro do Sul jogando no profissional. Sempre falo que nossa região tem que ser muito explorada. Temos ideia de captar atletas aqui. Já trabalho aqui e quero aproximar ainda mais o Vale do Novo Hamburgo. Aqui é um berço fantástico, é incrível o que sai de jogador aqui. Sempre falo que nosso amador é mais forte que a Divisão de Acesso do Gaúcho. O Vale do Taquari é a melhor região de atletas.
Onde o Novo Hamburgo vai estar no fim do teu mandato?
Freitas – Espero que esteja no tamanho que ele representa no Estado. Se eu te disser que ele vai estar em uma série elevada no Brasileirão será prepotência minha. Vamos trabalhar para brigar pelo título Gaúcho e pelo Acesso na Série C. Se o Novo Hamburgo estiver na C ao fim do meu mandato será um trabalho bem feito.
