Embate sobre máscaras às crianças confunde famílias

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Embate sobre máscaras às crianças confunde famílias

Suspensão de decreto do governo gaúcho recria disputa entre Executivo e judiciário no início do ano letivo do ano passado

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Atualizado terça-feira,
08 de Março de 2022 às 11:11

Embate sobre máscaras às crianças confunde famílias
Crédito: Divulgação
Estado

A chegada nas escolas na manhã dessa segunda-feira foi de dúvidas. O motivo está no embate entre Justiça e governo do Estado. Na manhã de sábado, liminar em caráter de urgência proibiu a flexibilização de uso da máscara para crianças dos 6 aos 12 anos.

Horas depois, a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) ingressou com recurso para derrubar a decisão. Pelos argumentos, as mudanças no decreto estadual sobre o uso das máscaras por crianças se sustentam em critérios sanitários e de saúde.

Conforme a PGE, a lei federal atribui aos Estados a competência à definição e regulamentação sobre o uso da máscara. A sentença da juíza Sílvia Fiori, da 4ª Vara da Fazenda Pública do Foro Central de Porto Alegre, atendeu a Ação Coletiva Civil apresentada pela Associação Mães e Pais pela Democracia (AMPD).

Em Lajeado, a secretária de Educação, Adriana Vetorello, o entendimento é que não há motivos para retroceder nas flexibilizações já implementadas, pois o número de casos dá garantia de mais segurança epidemiológica. “Estamos estudando como replicar a regra. Para nós, as escolas podem manter a flexibilidade do uso para crianças menores de 12 anos.” De acordo com ela, o comitê municipal discute a estratégia quanto a obrigatoriedade.

Nas movimentações processuais, a mais recente foi a oficialização do despacho para retomar a obrigatoriedade do uso de máscaras por parte do Estado. Até o fechamento da edição, às 21h de ontem, não houve revisão sobre a liminar divulgada no fim de semana.

Educação no tribunal

O embate sobre o uso de máscaras relembra os fatos do ano passado. Em fevereiro, o Piratini decidiu modificar o decreto do distanciamento controlado. Mesmo em bandeira preta, escolas públicas e privadas de Ensino Infantil e dos primeiros anos do Fundamental poderiam manter os atendimentos.

A Associação Mães e Pais pela Democracia e o Cpers ingressaram com ação para reverter essa possibilidade. Dias depois, a 1ª Vara da Fazenda Pública de Porto Alegre suspendeu as aulas presenciais. Essa liminar foi o estopim da disputa judicial.

Diretor do Colégio Teutônia, Jonas Rückert questiona: “Por que há tanta motivação sobre as escolas? Vemos estádios de futebol, festas, com pessoas sem máscara e não há esse rigor.” Na opinião dele, essa instabilidade entre Executivo e judiciário é prejudicial, pois confunde as famílias. “Enquanto escola, vamos seguir a determinação”, sustenta.


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