Venho de uma família de cinco filhos. Ao meu lado, tenho dois irmãos e duas irmãs. Sou gêmea. Aliás, trigêmea e, mesmo antes de ser um bebê, já compartilhava a vida com meus irmãos.
Em casa, nunca tSASeve muito espaço para o individualismo. Fui acostumada a dividir as roupas, os brinquedos e o colo da família. Talvez quando ainda somos crianças, achamos ruim dividir as atenções. Mas, quando crescemos, esse dividir significa apoio, abraço e compreensão.
Mesmo que a gente não possa escolher, nossos irmãos são parte de quem somos. Eles guardam segredos que não contamos nem mesmo para os nossos pais. Guardam pequenas aventuras de infância e algumas brigas que eram esquecidas alguns minutos depois.
E, quanto mais a gente envelhece, mais forte ficam os laços. Na maior parte das vezes. Porque passamos a viver os desafios e as coisas boas da vida com descobertas. Assim como nossos irmãos. E a experiência de um, se torna exemplo para o outro. E vice e versa.
Mesmo não morando mais na mesma casa que eles, as ligações substituem a presença física de todos os dias. E quando se encontram, já tem novas crianças e novos irmãos seguindo os passos de seus pais. E até mesmo educar os próprios filhos não é uma tarefa solitária quando se tem irmãos.
Assim como as alegrias, os irmãos também estão aí para compartilhar os momentos difíceis. A dor da perda de alguém próximo. A demissão no emprego, uma viagem frustrada. Os sentimentos talvez não sejam os mesmos, mas são parecidos, cada um à sua maneira. E ter aqueles que nos viram crescer ao nosso lado, muda a forma como encaramos as tristezas. Elas amenizam e são empáticas, como nossos irmãos também o são.
Quem tem irmãos, tem bons amigos para compartilhar a vida, para nos levantar dos tropeços e festejar até o dia clarear. Afinal, se todos chegam em casa juntos, ninguém liga para as horas. Estamos seguros, por estarmos todos entre irmãos.
Boa leitura!