A RGE, o desserviço e a nossa impotência

Opinião

Fernando Weiss

Fernando Weiss

Diretor de Mercado e Estratégia do Grupo A Hora

Coluna aborda política e cotidiano sob um olhar crítico e abrangente

A RGE, o desserviço e a nossa impotência

Por

Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

O cachorro correndo atrás do rabo é o Vale do Taquari correndo atrás da RGE. Entra e sai ano é a mesma coisa. O desserviço prestado pela companhia à região gera prejuízos diários. Alguém precisa intervir. Algo novo precisa ser feito. A sensação de impotência é geral. É dos produtores, dos prefeitos, dos cidadãos.

Basta um temporal mais forte ou um calor acima da média para usuários iniciarem um verdadeiro martírio em busca de restabelecer a energia elétrica. Dez dias ficaram às escuras produtores rurais em Sério. O prefeito Moisés de Freitas tentou intervir mas assim como a maioria, travou na burocracia e no desdém da RGE. Se o serviço é precário, o atendimento ao cliente consegue ser ainda pior. Deixam as pessoas penduradas ao telefone sem lhes dar sequer satisfação.

A AGERGS, que é a agência reguladora, e de quem deveriam partir as mobilizações à altura dos desserviços da RGE, tem apenas 4 fiscais para atender todo o Estado. Ou seja, não consegue atender a demanda de queixas que chegam, muito menos, apresentar laudos e punições adequadas. Por falar em punições, a multa de R$ 36 milhões aplicada à RGE em 2020 até agora não foi paga em função de brechas jurídicas encontradas pela concessionária.

A sensação é de impotência. De desamparo. As vias tradicionais já se esgotaram. Aqui no A Hora, seremos insistentes, repetitivos e se necessário, inconvenientes. É inaceitável o que a RGE está fazendo com o Vale. O leite derramado na porta da concessionária, na semana retrasada, não é um protesto, é um pedido de socorro.

As forças políticas estaduais (até porque no Vale do Taquari não temos) precisam ser invocadas e atraídas ao nosso campo, onde ocorre o descalabro diário. O presidente da Assembleia Legislativa para este ano, Valdeci Oliveira falou que na semana que vem será criada comissão para se debruçar no caso. Temos que provocar audiências públicas no meio dos aviários vazios de Nova Bréscia, onde os frangos sucumbiram à falta de ventiladores que pararam com a falta de energia elétrica.

Não podemos desistir. A região precisa continuar focada e esgotar o tema. Codevat, Amvat, Avat, CIC, Amturvales, OAB, MP, imprensa. É hora de todos se mobilizarem de forma coletiva e estratégica, acessar os meios viáveis e cobrar de quem pode resolver. O desserviço da RGE não pode continuar.


Educação do Futuro

Não será só do Cristo Protetor que viverá Encantado. O prefeito Jonas Calvi lança o que chama de Educação do Futuro: a inovação começa na sala de aula. Por meio deste programa, o município lista 10 ações prioritárias para melhorar o ensino de Encantado.

Melhorias na infraestrutura das escolas, amparo aos docentes, qualificação permanente, métricas de qualificação e gestão das emoções integram a lista de prioridades que passam a nortear o processo de ensino e educação do município. É mais uma cidade da região atenta ao essencial e investindo naquilo que verdadeiramente garante um futuro promissor a uma comunidade. Parabéns!


Efeito 386

O Vale não será o mesmo com a duplicação da BR-386 e todas as obras estruturais que ocorrem ao mesmo tempo. Esta semana, o Grupo A Hora promoveu mais um encontro da direção da CCR Via Sul com empresários e líderes locais de Estrela. E para surpresa, a concessionária publicou vídeo inédito e detalhou as obras previstas para o trecho já duplicada entre Lajeado e Estrela. Passarelas, ruas marginais, retornos, viadutos. Será uma verdadeira transformação ao que conhecemos hoje.

As obras já devem começar em fevereiro. Vale a pena acessar QR code e conhecer a dimensão das obras que impactarão o dia a dia de Lajeado e Estrela. Vem coisa boa por aí.


A comunidade sabe

Árvores, mais bancos e melhorias na calçadas. É isso que mostra a parcial da pesquisa da Seplan com a comunidade de Lajeado sobre o futuro da rua Júlio de Castilhos. Reforça a tese de que as pessoas não querem milagres. Pedem o básico bem feito. Fez bem o secretário Giancarlo Bervian em ouvir os cidadãos e se amparar para um futuro projeto de remodelação da principal rua comercial da cidade e da região.

Deixar a Júlio mais atrativa, mais preparada para as pessoas e menos para os carros é um processo que não pode parar. E passa pela quebra de paradigma também daqueles que acreditam que o tamanho da fachada é o mais importante.


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