Devido ao período de seca prolongada, a Secretaria de Agricultura e Desenvolvimento, juntamente da Emater ASCAR/Roca Sales, desenvolve algumas medidas que visam diminuir os prejuízos causados pelo momento atual.
Limpeza e manutenção de 80 açudes; Entrega de água para dessedentação animal à 100 famílias; e Entrega de água potável para consumo humano à 30 famílias são algumas das ações.
Conforme o secretário de Agricultura, Noé Luís Schäffer, estima-se que os prejuízos econômicos, calculados até a primeira semana de 2022, ultrapassem os R$ 24 milhões. “Somamos a estes dados a dificuldade enfrentada por alguns produtores que necessitam de serem abastecidos com água para dessedentação animal dos bovinos, suínos e aves”, explica.
Nas áreas de produção, segundo dados da Emater ASCAR/Roca Sales e secretaria de Agricultura, os prejuízos atingem praticamente todas as áreas agrícolas. Porém, não há relatos na redução de alojamento (integrados) de aves e suínos.
Prejuízos
Na cultura da soja houve uma redução de 30% na produção, o que representa cerca de R$ 4 milhões. Além disso, existem áreas que ainda não foram semeadas, por este motivo, acredita-se que haverá um aumento nas perdas deste cultivo.
Para a cultura do milho grão a redução até o momento é de 50% da produção, o que representa R$ 8 milhões em prejuízos. Na cultura do milho silagem, além de diminuir consideravelmente a qualidade, a seca também impactou a produtividade em 50%. O valor do prejuízo está estimado em R$ 10 milhões. Já na cultura de uva a redução foi de 40% na produção. Representando R$ 840 mil em prejuízos.
Na bovinocultura de leite foi registrada redução da disponibilidade de água, mau desenvolvimento das pastagens e a baixa qualidade da silagem produzida. Houve uma redução de 30% na produção leiteira. Com o preço do leite em torno de R$ 1,80 e sendo registrada a redução mensal de 618 mil litros na produção referente aos meses de novembro e dezembro, resultou em R$ 1 milhão de prejuízos.
“Além destas culturas, o município registra perdas nos cítricos como bergamota/laranja, caqui, goiaba, abacate, pêssego e outras frutíferas. E também, na olericultura, sendo que até o momento não possuímos os dados para contabilizar os valores”, pontua o secretário.
