Prefeituras do Vale arrecadam mais do que projetaram em 2021

Opinião

Fernando Weiss

Fernando Weiss

Diretor de Mercado e Estratégia do Grupo A Hora

Coluna aborda política e cotidiano sob um olhar crítico e abrangente

Prefeituras do Vale arrecadam mais do que projetaram em 2021

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A grande maioria, senão todas as prefeituras do Vale do Taquari, fechou o ano de 2021 com uma arrecadação bem superior ao que foi projetado. Dos menores aos maiores, o dinheiro a mais que entrou no caixa dos municípios é significativo e mostra um efeito cascata provocado pela liberação de recursos públicos federais decorrentes da pandemia.

Lembro das épocas nem tão distantes, quando chegava outubro e novembro, prefeitos anunciavam turno único e contenção máxima das despesas para fechar as contas no azul. Claro, muito era fruto de má gestão. Mas outra parte também era do não recebimento de recursos da união e do estado.

A pandemia mudou definitivamente este cenário. A arrecadação superavitária não significa que as prefeituras estão “nadando no dinheiro”. Nada disso. Elas apenas acessam um patamar melhor de investimentos. E digo mais: se bem geridos, estes recursos que entram a mais do que a projeção, podem fazer a diferença no mandato destes prefeitos. Alguns inclusive, projetam e assumem obras que até pouco tempo estavam fora do alcance.

O Vale vive um novo momento de desenvolvimento, tendo no turismo a grande aposta do setor terciário (Foto: Fábio Kuhn/Especial)

O pacto federativo pernicioso confere às gestões das cidades o menor montante do dinheiro arrecadado. União e depois o Estado abocanham grande parte dos recursos e o que sobra vai para os municípios. Mesmo assim, este ano (e 2020 já foi parecido) veio um poucos mais das esferas superiores.

O que também fica mais latente é a geração de dinheiro próprio nos municípios. Investimentos, especialmente nos setores de avicultura e suinocultura, começam a impactar na geração de caixa nas cidades onde o setor primário é o expoente da economia. Nas cidades onde a indústria e o comércio tem papel preponderante, a geração de orçamento também tem reagido, exceto em setores muito afetados pela pandemia.

Em síntese, 2022 começa com boas perspectivas para as prefeituras da região. E é bom que seja assim. As demandas e necessidades são muitas. E as oportunidades também. É producente que os prefeitos do Vale tenham poder de investimento para potencializar setores emergentes, como por exemplo, o turismo e ações para mitigar os danos da estiagem.

O disparo de casos da covid e a prudência necessária

O aumento expressivo dos casos de Covid no Vale e em todo mundo precisa ser tratado com a prudência e o equilíbrio que a situação merece. A grande notícia diante da explosão de testes positivos é a ocupação dos hospitais. Ao passo que o numero de casos ativos triplicaram em questão de dias, a ocupação dos leitos hospitalares, tanto internação quanto de UTI, continuam estáveis.

É preciso ter prudência. Mas é preciso também frear o pânico e a histeria. Se informar (com fontes seguras) sobre o contexto mundial da pandemia, a partir do olhar de diferentes especialistas, permite concluir que a Ômicron e esta nova onda de casos pode ser o fim da pandemia. Ainda mais rápida na propagação, mas bem menos letal. Para quem é vacinado então, os riscos de morte caem a índices muito baixos.

Tudo isso nos permite concluir duas coisas:

1º) as vacinas vieram para nos devolver a vida normal e nos proteger da maldição do covid.
2º) é importante ficar esperto com as notícias propagadas pelos apocalípticos do “quanto
pior melhor”.

Sejamos prudentes, mas não histéricos.

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