Vale e Estado caminham para entendimento sobre as concessões

Opinião

Fernando Weiss

Fernando Weiss

Diretor de Mercado e Estratégia do Grupo A Hora

Coluna aborda política e cotidiano sob um olhar crítico e abrangente

Vale e Estado caminham para entendimento sobre as concessões

Por

Vale do Taquari

Debate sobre concessão das rodovias estaduais que cruzam o Vale teve mais um capítulo nessa sexta-feira. Apesar da deselegância ao excluir da reunião com o governador Eduardo Leite um integrante da comitiva do Vale (detalhes abaixo), o balanço da audiência no Palácio Piratini é positivo. Ao ouvir as demandas locais, o Estado confirmou adaptações ao projeto do edital original sobre as concessões das rodovias 130, 129 e 453.

O que o governo acena: 

• Antecipar as obras de duplicação entre Lajeado e Arroio do Meio para os primeiros anos de concessão, e não apenas depois do 10º;

• Protelar as obras de duplicação da RST-453, a Rota do Sol, entre Estrela e Teutônia;

• Incluir no edital faixas de ciclovias e refúgios no trecho de duplicação entre Lajeado e Arroio do Meio;

• Provável manutenção das praças de pedágio nos locais onde estão hoje. Sobre isso, governador virá ao Vale nas próximas semanas para visitar as comunidades de Encantado e Cruzeiro do Sul e, a partir disso, tomar decisão definitiva;

• Sobre os preços das tarifas, ainda falta maior clareza e conclusão.

Deselegância fora de tom

A comitiva regional que foi a Porto Alegre nessa sexta integrava representantes da Amvat, CIC-VT, Acil e Codevat. Na hora de entrar na sala da reunião com o governador, o representante da Acil, Ardêmio Heineck, foi barrado e impedido de participar do encontro, sob a alegação de falta de lugar na sala.

No entanto, segundo participantes do encontro, havia espaço suficiente para abrigar o representante dos empresários lajeadenses. Trata-se de uma deselegância e falta de diplomacia que contrastam com a postura do governador Leite. Não há argumento plausível para justificar a exclusão do encontro, um senhor de mais de 70 anos e que representava de forma legítima a entidade que na semana anterior recebia de braços abertos o governador, vice-governador e presidente da Assembleia Legislativa.


Chega de brincar com a máscara

Me incomoda este “faz de conta” que se vê por aí. O Estado faz de conta que exige, e o povo faz de conta que usa. E o pior: onde se deveria usar se tira e onde se poderia tirar, se usa. Manter a obrigatoriedade do uso da máscara diante dos números da covid-19 perdeu o sentido. Já faria bem o governador do estado se decretasse o uso facultativo, pois até mesmo a “pandemonizada” ômicron não se confirmou letal nem severa, ainda que de propagação rápida.

De fato, os números e os dados nos colocam em outro patamar e mostra que estamos cada vez mais próximos de ter nossa vida de volta. Quem sabe possamos aproveitar estes dias que ainda restam de 2021, para entrar de fato em 2022 com o pé direito. E parar com este “faz de conta” com o uso da máscara poderia representar um novo momento.

Até porque, vamos combinar né, uma hora temos que tomar decisões que nos tragam a normalidade de volta, mesmo sabendo que existe torcida – por incrível que pareça – para que isso não ocorra.

Sem exigência para as crianças

Gosto muito da opinião ponderada e equilibrada de dois ícones da medicina regional. Pneumologista Claudio Klein e o pediatra João Paulo Weiand. Ambos emitiram opinião parecida sobre a autorização concedida pela Anvisa, de vacinar crianças de 5 a 11 anos contra a covid. Os dois sugerem que não seja obrigatória a vacinação diante das informações existentes. Mais do que isso, recomendam a aplicação do imunizante para casos de enfermidade individual das crianças ou de familiares, mas que não se condicione a vacinação em massa. Faz todo sentido. E que tenhamos maturidade para não polarizar e politizar mais este debate.

Viva a vacina

Chegou minha vez de fazer a 2ª dose da vacina Janssen. E você, está acompanhando sua caderneta e as datas para fazer as doses necessárias?

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