Energia elétrica acumula alta de 24,97% em 2021

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Energia elétrica acumula alta de 24,97% em 2021

Crise hídrica e maior consumo no setor produtivo são os principais fatores atrelados ao aumento

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Energia elétrica acumula alta de 24,97% em 2021
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Brasil
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Mais uma vez as despesas de habitação, entre elas a energia elétrica, pressionaram a alta na prévia da inflação no mês e respondem por 0,19 ponto porcentual da taxa de 1,20% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15).

O preço da energia elétrica subiu 3,91% em outubro, após elevação de 3,61% no mês anterior. Com o resultado, a alta acumulada neste ano é de 24,97% e 30,02% em doze meses. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o movimento reflete a vigência da bandeira tarifária de escassez hídrica, em vigor desde 1° de setembro.

A nova tarifa acrescenta R$ 14,20 na conta de energia a cada 100 kWh consumidos. Ainda no grupo da habitação, o botijão de gás subiu 3,80% em outubro, sendo o 17° mês seguido de aumento no preço. O item já acumula alta de 31,65% no ano.
Conforme a economista Cintia Agostini, já era de esperar que a energia traria esse impacto na prévia do mês. “Temos um custo energético muito elevado em função da indisponibilidade, sendo necessário acionar outras fontes. Esse movimento eleva em pelo menos cinco vezes o custo”, aponta.

Ainda de acordo com a economista, a economia do país está com uma dinâmica posta e a previsão de retomada do crescimento, perdido no ano passado, eleva o consumo de energia. “A perspectiva é de prorrogar o maior custo da energia no próximo ano”, alerta Agostini.

Pela relevância da energia elétrica no custo de vida da população, é possível reduzir em algum nível o consumo, mas não por completo. “O maior consumidor é a indústria, o setor produtivo, engajado na retomada econômica. Isso reflete também no custo de produtos”, explica a economista.

A tendência é que o valor da energia continue a pressionar preços no próximo ano. Na avaliação de Agostini, a recuperação dos níveis das hidrelétricas é a grande expectativa para reduzir custos na geração.

Combustíveis e alimentos

Os combustíveis também seguem em alta (2,03%) e pressionam os preços. A gasolina subiu 1,85% em outubro e acumula ganho de 40,44% nos últimos 12 meses. Etanol (+3,2%), óleo diesel (+2,89%) e gás veicular (+0,36%) ficaram mais caros nos últimos dias.

Outro grupo de destaque na apuração da inflação todos os meses, os alimentos e bebidas saltaram 1,38%, alta influenciada principalmente pela alimentação no domicílio, cuja taxa passou de 1,51%, em setembro, para 1,54%, em outubro.

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