A bela história que vem de Santa Cruz

Opinião

Caetano Pretto

Caetano Pretto

Jornalista

Colunista esportivo.

A bela história que vem de Santa Cruz

Por

Vale do Taquari
Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

A Copa FGF proporcionou uma história fantástica aos apaixonados pelo futebol. O título ficou com o Futebol Clube Santa Cruz. O Galo do Vale do Rio Pardo levantou a primeira taça estadual de sua história mais que centenária. Fundado em 1913, o clube só possuía títulos citadinos até então.

O título fica ainda melhor quando conhecemos a história de seu presidente: Tiago Rech. Em 2012, o dirigente ficou conhecido no Brasil inteiro após uma matéria que o mostrava solitária nas arquibancadas do antigo Estádio Olímpico. Era o único torcedor do Santa Cruz em goleada de 4 a 1 sofrida para o Grêmio. Oito anos depois, se torna o maior presidente da história do clube.

A história é realmente muito boa, e alimenta o sonho de qualquer torcedor apaixonado pelo seu clube. A primeira coisa que me veio à mente ao ver a história foi o nosso querido Lajeadense.

Hoje o clube também vive uma história bacana, uma vez que um dos maiores símbolos de sua história é o atual presidente: Everton Giovanella. Uma vez menino da base, saiu do Estádio Florestal e ganhou o mundo. Depois voltou para dirigir a equipe.

A história de Tiago Rech é daquelas fundamentais ao esporte. Alimenta a alma do torcedor e mostra, principalmente, que o futebol do interior segue vivo. Por mais episódios como este no futebol.

Quase lá, mas ainda longe do Rei

Os últimos dias foram de polêmica no mundo do futebol. Maior jogador de sua geração, Lionel Messi chegou aos 644 gols oficiais pelo Barcelona e superou Pelé na estatística. Messi é hoje o maior artilheiro de um clube só na história do esporte. E essa é a maneira fria de ver a estatística.

O futebol vive um constante problema de revisionismo histórico. Atletas medianos do passado podem ser vistos como craques hoje em dia. E vice e versa. Dentro dessa questão, tenta-se diminuir feitos gigantescos do passado.

Friamente, em jogos oficiais, Pelé tem 643 gols pelo Santos. Na estatística do clube, são 1.091 bolas na rede. A diferença se dá porque 448 gols foram marcados em amistosos. Mas eram outras épocas. Amistoso das décadas de 50, 60 e 70 podem ter até mais valor do que alguns jogos oficiais de hoje.

Pelé atuou em uma época na qual o futebol brasileiro e sul-americano não tinha um calendário oficial tão definido como atualmente. Diante do enorme sucesso do Rei, o Santos preferiu fazer várias excursões pelo mundo e disputar torneios amistosos. Vários deles foram contra as melhores equipes da época. Eu prefiro ficar do lado do Santos, e contabilizar mais de mil gols feitos pelo Rei.

Feliz Natal a todos

Felizmente o ano de 2020 está chegando ao fim. Não foi fácil para ninguém, bem pelo contrário. Mesmo assim, chegou a hora de festejar e recarregar as energias para 2021. Aos leitores da coluna, um feliz Natal!

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