“A confiança construída pelo governo é um marco”

ELEIÇÕES 2020

“A confiança construída pelo governo é um marco”

Marcelo Caumo participou de sabatina na terça-feira, 13, na Rádio A Hora 102.9. Atual prefeito exaltou realizações do governo, respondeu a temas polêmicos e destacou boa relação com universidade, hospital e entidades

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“A confiança construída pelo governo é um marco”
Atual prefeito abriu série de sabatinas com candidatos à prefeitura promovida pelo Grupo A Hora (Foto: Fábio Kuhn)
Lajeado
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O atual prefeito de Lajeado e candidato à reeleição, Marcelo Caumo (PP), concedeu na terça-feira, 13, entrevista ao programa Frente e Verso, da Rádio A Hora 102.9. Foi a primeira de uma série de sabatinas com todos os concorrentes à prefeitura de Lajeado.

Ao longo de uma hora de conversa, Caumo apresentou as conquistas de sua gestão e as principais propostas para os próximos quatro anos. Mobilidade urbana, vagas em creches, enchente e o impacto da pandemia estiveram entre os temas abordados na entrevista.

Nesta quarta-feira, 14, é a vez de Márcia Scherer (MDB) ser sabatinada; e na quinta-feira, 15, de Daniel Fontana (PSB). As entrevistas com os candidatos são transmitidas ao vivo no programa Frente e Verso, que vai ao ar das 8h10 às 10h.

A Hora – Quais suas principais característica, para o eleitor lhe conhecer melhor?
Marcelo Caumo – Antes de mais nada, sou uma pessoa otimista, que acredita no futuro, que tem certeza de que as coisas melhoram com o passar do tempo, com o nosso desenvolvimento. Uma pessoa que constrói suas convicções ouvindo outras pessoas, ouvindo a comunidade.

Quais são os principais acertos dos quatro anos do seu primeiro governo?
Uma das características principais foi a construção da confiança com a comunidade. A gente vê um hospital topando desafios na pandemia, sem ter garantia de que vai receber os recursos. A gente vê uma universidade que, junto com o poder público, pensa no futuro de Lajeado, monta um projeto de desenvolvimento econômico e social, aí a gente entra no ProMove. A gente vê órgãos de segurança compartilhando informações e isso não é simples. Não são todas as cidades que conseguem, a cada 30 dias, reunir as inteligências de cada uma das polícias para ver indicadores e traçar ações para o mês seguinte. A confiança construída pelo governo é um marco.

Que solução se projeta para o trevo da BRF?
Temos uma alternativa, já estivemos com o governo do estado e eles sinalizaram que são parceiros para dar sequência. Assim com Horizontina fez com a John Deere, uma rótula paralela à cidade. A empresa contratou a obra e se credita do ICMS nos meses seguintes. Estivemos com governo do estado e recebemos aval. Estivemos com a BRF, mas pelo sistema de compliance deles, a decisão é um pouco mais demorada e a pandemia atrapalhou isso. Por outro lado, a pandemia fez com que a gente conseguisse se aproximar de maneira mais profícua da diretoria da BRF em São Paulo.

A pandemia vai auxiliar ou atrapalhar sua tentativa de reeleição?
Tem os dois lados. Primeiro porque nós utilizamos o 2017 para botar as finanças em ordem e conseguimos bons resultados em 2018, 2019. Quando a casa estava em ordem, vem a pandemia. Nós tínhamos muita expectativa de construção, desenvolvimento, entrega para a cidade em 2020 e isso não foi possível. Esse foi o lado ruim.

Por outro lado, a pandemia aumentou nosso lado de liderança com a comunidade. Fizemos 30 lives aos domingos, passando qual a real situação da cidade. Isso teve seu lado bom também, para o enfrentamento da política.

Em 2016, você assinou em cartório o compromisso de não concorrer à reeleição. Qual razão levou você a não cumpri-lo? Que mal havia na reeleição em 2016?
Aquela carta foi feita em um momento importante da campanha e junto com o compromisso de não ir à reeleição, havia outros três: transparência, redução de secretarias de 14 para 11 e a também a redução de 60 cargos em comissão. Então, de quatro compromissos, três foram cumpridos. As políticas desses quatro anos foram pensadas na comunidade, na população. Por outro lado, a austeridade que se construiu ao longo disso tudo foi importante.

Aí veio esse ano atípico de 2020 e as pessoas nos pediam que a liderança do município, que é o prefeito, colocasse novamente seu nome à prova. Por isso, estamos enfrentando esse desafio de olhar no olho das pessoas, pedir desculpas, dizer que vamos à reeleição e contamos com apoio delas.

Em relação às enchentes, se reeleito, qual sua proposta que os prejuízos sejam menores do que foram?
Foi um evento extremo, que a gente não via na cidade há 64 anos. Aprendemos bastante, porque depois de acontecido foi feita avaliação completa. Temos a melhorar sim, mas também foram muitos os acertos. Temos na nossa equipe dois comandantes da Defesa Civil, tanto Locatelli [Paulo Locatelli, secretário de Segurança] quanto Renner [Vinícius Renner, diretor de Trânsito], que já fizeram parte da Defesa Civil do estado e também não tinham vivido eventos nessa magnitude.

(…) veio esse ano atípico e as pessoas nos pediam que a liderança do município, que é o prefeito, colocasse novamente seu nome à prova. Estamos enfrentando esse desafio de olhar no olho das pessoas, pedir desculpas, dizer que vamos à reeleição e contamos com o apoio delas.”

Uma de suas promessas de campanha era zerar a fila por vagas em creches e ainda devemos estar na casa de 500. Por que seu governo não conseguiu zerar?
Fomos o governo que mais criou vagas de creche em Lajeado. Foram mais de mil. As propostas para zerar falta de vagas, todas foram cumpridas. Entregamos creches em Conventos e no Santo Antônio. Está em construção a creche do Bom Pastor. Licitamos a duplicação da creche do Olarias.
O ano que vem será diferente, com famílias saindo da rede particular e indo para a pública. Ao invés de a gente inchar a máquina, chamar os concursados todos e essa demanda diminuir depois, a proposta é buscar suporte na iniciativa privada, comprar vagas para regular a demanda e depois seguir com os investimentos.

 O que seu governo propõe para ampliar o tratamento de esgoto na cidade?
A gente não trata o esgoto da maneira moderna, que é o sistema de tratamento e captação. A fossa é muito eficaz, mas depende da nossa conscientização de fazer a limpeza. Temos mais de 80% da cidade com fossa séptica. A curto prazo, é a ação mais eficaz para melhoria da qualidade de esgoto. Independente disso, temos contrato com a Corsan desde 2008, é de 20 anos. A Corsan tem exclusividade da água e do esgoto. Ela não faz o esgoto, está em dívida com Lajeado. E a gente tem procurado cobrar essa dívida. Ano passado a gente firmou um protocolo de intenções para a PPP do esgoto. É a última chance da Corsan. Se ela não tiver capacidade ou condições de fazer o tratamento de esgoto, de avançar, aí nós vamos ter que buscar.

Qual deve ser o principal foco de trabalho do próximo governo de Lajeado? 
Ações de curto prazo, como reforma de postos de saúde, ampliação de escolas, pavimentações. Ações de médio prazo, temos que fazer rodar o plano diretor com essa grande oportunidade de investimentos e modernização da legislação da cidade. Transporte coletivo é outra ação de médio prazo que vamos começar a colher frutos nestes próximos anos. E também ações de longo prazo, como o Promove e Pacto pela Paz.

Para finalizar, por que o lajeadense deve votar em você?
Para darmos sequência a esta harmonia de cidade, aos projetos que foram feitos. 2020 tem sido um ano difícil para todo mundo, mas as coisas vão melhorar. E para melhorar, contamos com vocês que os próximos quatro anos serão de muitas realizações e coisas boas para nós.

Confira a entrevista na íntegra:

 

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