Um horário às escuras

Opinião

Rodrigo Martini

Rodrigo Martini

Jornalista

Coluna aborda os bastidores da política regional e discussão de temas polêmicos

Um horário às escuras

Por

Vale do Taquari

Eu acompanho a Câmara de Vereadores de Lajeado faz mais de 10 anos. E a presença do público sempre foi pífia. Ultimamente, então, a plateia se resume às dezenas de assessores parlamentares. E muitas vezes nem os próprios funcionários particulares dos parlamentares estão presentes no recinto. O “desinteresse” coletivo tem muito a ver com o horário escolhido para as sessões plenárias. Afinal, quem está livre ou “de bobeira” às 17h de uma terça-feira?

O artigo 86 do Regimento Interno precisa ser alterado. Cedo ou tarde, chegou a hora dos vereadores abrirem, de fato, a casa ao povo. Manter esse horário às escuras não faz sentido. Nunca fez. E nunca será saudável manter o povo distante das sessões plenárias. E bons exemplos não faltam. Em Estrela e Arroio do Meio, a sessão inicia às 18h30min. Em Venâncio Aires, às 19h. Em Encantado e Cruzeiro do Sul, às 18h.

Dito isso, surge uma proposta da bancada tucana de alterar o horário dos encontros para às 18h30min. A ideia é certeira. Aliás, é mais uma ação dos vereadores do PSDB que merece toda a atenção da comunidade – Tal como a redução de CCs que, infelizmente, foi desprezada pela maioria. O requerimento protocolado nesta semana solicita apoio dos demais colegas. E eu não tenho dúvidas de que, desta vez, a mesma maioria vai abraçar a nobre causa!


Teutônia mais verde

Muito interessante o projeto Arboriza Teutônia. Inicialmente, contempla sete ruas, com o plantio de 147 mudas de 10 espécies diferentes. Além disso, e com a intenção de integrar a comunidade com o projeto, serão fixadas placas com códigos de barras em formato QR Code em algumas árvores. A ideia é levar o contribuinte para o site do projeto. E eu torço para que isso se torne uma política pública dos governos que ainda virão!


Codevat em Estrela. Cíntia deixa presidência

A sede do Conselho de Desenvolvimento do Vale do Taquari (Codevat) vai deixar o campus da Univates após quase 30 anos. A entidade criada em 1991 será transferida para Estrela, junto à sede da Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat), instalada no antigo prédio da Polar. Além disso, a atual presidente Cíntia Agostini vai deixar o cargo em dezembro. “Já estou no terceiro mandato. Isso acaba personificando a entidade, e isso não é bom. E também preciso focar em outros compromissos e estudos profissionais”, avisa.

Ela deve permanecer como vice-presidente em 2021. Para a presidência, diversos nomes já são cotados. Inclusive o polivalente Rafael Fontana, que deixa a ACI-E em dezembro. Mas não há qualquer definição, especialmente em função do período pré-eleitoral. E nesses 29 anos de história, o Codevat só teve cinco presidentes. Além de Cíntia, também assumiram o conselho o ex-prefeito de Estrela, Leonildo José Mariani, o saudoso professor Dinizar Firmino Becker, o Reitor da Univates, Ney Lazzari, e também o prefeito de Fazenda Vilanova, José Cenci.


Agência de Desenvolvimento

A criação da Agência de Desenvolvimento e Inovação de Lajeado (AGIL) está saindo do papel. A previsão dos voluntários do Pro_Move Lajeado é lançar a novidade no fim do mês de setembro. Mas esse prazo informal poderá ser protelado. O debate sobre uma entidade deste porte já foi regional – era uma proposta do Codevat já na década de 90 –, mas hoje se resume ao principal município do Vale do Taquari.


Consenso em Encantado

Em Encantado, a pouco mais de três meses do pleito municipal, ganha força a possibilidade de um grande “acordão” entre as principais siglas. A movimentação é complexa. Inicialmente, foi formado um grupo de cinco partidos: PDT, PTB, MDB, PT e PSB. Reunidos, os líderes debateram a formação de uma chapa. Entretanto, e a partir do vereador Sander Bertozzi (PP), a ideia da grande união ecoou na Câmara. O “G-5” gostou da possibilidade e apresentou uma proposta para os dois principais grupos, PSDB e PP, que hoje são prefeito e vice.


Consenso em Encantado II

O “G-5” se reuniu com representantes do PP na terça-feira e com os líderes do PSDB na quarta-feira. A reação dos dois grupos foi considerada “positiva” no sentido de considerar internamente a possibilidade. Um grande consenso como este seria algo inédito na história centenária do Legislativo encantadense. Mas o debate é antigo. A proposta do “G-5” é compor uma chapa para a majoritária sem a presença de candidatos do PP, PSDB e MDB. É complexo, reforço. E com isso o ex-prefeito Paulo Costi (PP) ficaria de fora do pleito.


Consenso em Encantado III

Para a consolidação deste consenso, o atual prefeito Adroaldo Conzatti (PSDB) também teria de abrir mão da candidatura – e ele ainda corre riscos jurídicos referentes às condenações por improbidade administrativa no passado, e tem julgamento no STF marcado para o dia 21 de agosto. A resposta dos tucanos e dos progressistas deve ser oficializada no início da próxima semana. Já o polivalente Rafael Fontana (PDT) é pressionado a ser candidato a vice-prefeito ou mesmo a prefeito. Mas ele garante: não vai concorrer em 2020.

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