Presente e futuro na câmara

Opinião

Rodrigo Martini

Rodrigo Martini

Jornalista

Coluna aborda os bastidores da política regional e discussão de temas polêmicos

Presente e futuro na câmara

Por

Vale do Taquari
Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

A câmara de vereadores de Lajeado avalia o passado e o futuro da cidade. No plenário do principal Legislativo do Vale do Taquari, tramitam dois projetos de lei que impactam diretamente na mobilidade urbana de milhares de lajeadenses. Uma das propostas projeta o novo Plano Diretor do município, com novos mapas de uso e ocupação do solo. A outra matéria autoriza uma permuta de terrenos com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) para o alargamento da Av. Alberto Pasqualini, no bairro São Cristóvão.

O novo Plano Diretor deve ser votado no dia quatro de agosto. E um dos objetivos da matéria é evitar novos gargalos no trânsito lajeadense. Gargalos como este, verificado na Av. Alberto Pasqualini, especialmente entre o entroncamento com o trevo da BR-386 e a Ponte de Ferro sobre o Rio Forqueta. São centenas de metros de um trânsito estrangulado. E justamente no principal acesso à Universidade do Vale do Taquari (Univates). É a prova de que faltou, em algum momento, um melhor planejamento para aquela importante via.

E o problema tem proporções imensuráveis. Em alguns pontos, e de forma ainda improvisada, o poder público até conseguiu ampliar as pistas. Em outros, porém, as negociações se arrastam faz décadas. Há pontos comerciais e prédios residenciais. Novos e antigos. E também há bons exemplos de negociações já concretizadas, mas que ainda aguardam o início das obras por parte do poder público. Tudo custa muito dinheiro neste enrosco todo. E custará ainda mais se não planejarmos de forma decente o nosso trânsito para o futuro.


Covardia ou prudência?

Um pequeno ruído de comunicação, e as posições se tornam mais radicais. Presidente da Famurs e prefeito de Taquari, Emanuel Hassen de Jesus, o popular Maneco (PT), quer mais diálogo antes de “aceitar” ou não a proposta do governo do Estado, que promete fortificar a autonomia aos prefeitos dentro do programa de Distanciamento Social. No entanto, a indecisão – ou erro de comunicação – do representante da Famurs gerou repercussão. Presidente da Federasul, Simone Leite foi dura:

“Tempos difíceis exigem o melhor de cada um de nós. Vejo a Famurs se acovardando e se eximindo da responsabilidade. Prefeitos não são síndicos de prédios, são representantes de toda a sua comunidade e conhecem como ninguém a realidade local. Que tipo de liderança abre mão de decidir no momento em que os seus mais precisam de um líder?”. Maneco respondeu. “Radicalizar neste momento não vai ajudar em nada”, disse, prometendo aumentar o diálogo com prefeitos, associações regionais e Estado.


Arki vence licitação

Suspenso pela justiça em 2019, o polêmico edital de licitação para serviços terceirizados em Lajeado foi retomado em julho. Nessa terça-feira, a atual prestadora destes serviços foi declarada vencedora do processo licitatório, mesmo apresentando a proposta mais cara entre apenas três concorrentes. Com sede em Muçum, mais precisamente no número 344 da Rua Marechal Deodoro, a empresa ARKI apresentou proposta de R$ 1.262.029,42 mensais.

As concorrentes C. Romeira & Cia Serviços, com sede em Triunfo, e FacilServ, com sede em Lajeado, protocolaram propostas menores: R$ 1.230.142,58 e R$ 1.072.912.94, respectivamente. Entretanto, e conforme a ata de julgamento das propostas, assinada nessa terça-feira, as duas propostas foram desabilitadas em função do número de postos de trabalho inferior ao mínimo exigido no edital, além de outras incongruências.

É um fim baralhado para algo que começou torto – vide a intervenção judicial. É um contrato superior a R$ 12 milhões anuais, e serve para contratação de diversos postos de trabalho. Entre esses, preparação de refeições, limpeza, zeladoria, recepcionista, manutenção e outros para diversas secretarias municipais. Ainda falta a “renovação” do contrato. Renovação, sim, por que a mesma Arki já detêm esses serviços há pelo menos 10 anos.


Expovale e Construmóbil

A Comissão Organizadora da 22ª Expovale confirmou o adiamento da principal feira comercial, industrial e de serviços do Vale do Taquari. Agendado para ocorrer entre os dias 6 e 15 de novembro deste ano, no Parque do Imigrante, em Lajeado, o evento não resistiu às agressões da pandemia e foi cancelado. Sem nova data definida, são fortes as chances de uma concorrência com a 10ª Construmóbil, em 2021. Hoje os organizadores avaliam seis possibilidades de datas. Entre essas, também está o ano de 2022.

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