Se previsão de chuvas se confirmar, região pode ter enchente

Alerta no Vale

Se previsão de chuvas se confirmar, região pode ter enchente

Nível do Rio Taquari estava com 14,99 metros às 8h de hoje. Para transbordar e atingir ruas e casas, nível precisa ultrapassar os 19,50 metros

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Se previsão de chuvas se confirmar, região pode ter enchente
Coordenador da Defesa Civil de Lajeado, Heitor Hope previu possibilidade de cheias se chuvas continuarem nas cabeceiras
Vale do Taquari

A principal preocupação da Defesa Civil de Lajeado é com a previsão climatológica. Conforme o coordenador Heitor Hope, se a quantidade de chuvas previstas pelos núcleos meteorológicos se confirmar, a região deverá ter problemas com a cheia do Rio Taquari.

No programa Frente e Verso da manhã de hoje, Hope informou que o volume de chuvas registradas até segunda-feira foram suficientes para recuperar o lençol freático do Taquari. A Defesa Civil de Lajeado não previa problemas, até aquele momento.

O pico do nível do rio foi às 22h de ontem, quando chegou aos 15,68 metros. Neste momento, está abaixando (leitura às 8h era de 14,99 metros).

Para transbordar ruas, o nível do Taquari tem que chegar aos 19,50 metros. As primeiras casas atingidas são com 19,80 metros, ressalta Hope. Conforme ele, pontos prejudicados no início da enchente são as ruas Décio Martins Costa e esquina entre Júlio May e Francisco Oscar Karnal.

Hope prevê a possibilidade da cheia do Taquari se a chuva continuar constante no estado. “Se continuar chovendo nas cabeceiras, será péssimo para nós”, avalia.

Em contraste, tranquiliza as pessoas e destaca que a Defesa Civil está em alerta. Há nove pontos de monitoramento das águas em várias regiões do estado, o que garante para a Defesa Civil a possibilidade de se antecipar e já retirar famílias de casa em caso de uma enchente. “Estamos bem instrumentalizados e com cálculos antecipados, conseguimos ter uma boa previsão de como a água vai se comportar”, acrescentou.

Hope também destacou a dificuldade em desocupar as áreas alagáveis. Conforme ele, quando uma família sai, outra acaba ocupando o lugar. “Há um controle da Secretaria de Habitação, mas a movimentação é muito grande”, afirma.

O coordenador afirma ainda que, a partir do momento que o rio transborda, qualquer metro maior pode resultar em problemas graves. Cita como exemplo duas cheias registradas em 15 dias no ano de 2017. A primeira foi de 21 metros com 18 famílias remanejadas. A segunda chegou aos 23,92 metros e impactou 69 famílias.

Enchente em meio à pandemia

Uma das preocupações da Defesa Civil é com o contágio da covid-19 em meio à uma possível enchente. Segundo Hope, autoridades trabalham em uma estratégia para garantir o distanciamento nos pontos onde as famílias desabrigadas serão levadas.

Hope também falou das campanhas beneficentes realizadas pela Defesa Civil. Entrevista completa no link:

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