Senador em primeiro mandato e um dos políticos gaúchos mais próximos do presidente Jair Bolsonaro, Luis Carlos Heinze (PP) considera improvável que um novo processo de impeachment avance em Brasília, apesar do conflito entre ele e o presidente da câmara dos deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Em entrevista à Rádio A Hora 102.9 na manhã deste sábado, 18, Heinze disse que “não há nada de concreto” sobre uma possível deposição do presidente da república do cargo e afirma que, caso o processo seja aberto, será contrário.
“Acho muito difícil que isso possa acontecer, porque a pressão tem que vir do povo. No Senado, isso não está sendo discutido. Entre os líderes do PP, também não estamos tratando disso. Mas é aquela coisa. Se tem fumaça, tem fogo. E sou totalmente contrário, pelo meu alinhamento com o presidente. Estamos juntos há 21 anos”, comenta.
Heinze também fez críticas ao que considera “picuinhas” de parte da imprensa e de políticos contra o presidente em meio à pandemia do coronavírus e defendeu a retomada gradual da economia. “A situação é extremamente delicada. Esperávamos acabar com o déficit público entre 2021 e 2022. Agora veio a pandemia, que afeta o mundo inteiro. Não vou dizer que esta será uma década perdida, mas os efeitos serão desastrosos”.
Questionado sobre as falas recentes de Bolsonaro em pronunciamentos, Heinze disse que ele se elegeu desta forma e que dificilmente vai mudar o seu jeito. “Talvez poderia controlar mais as falas, mas as vezes não conseguimos segurá-lo. As vezes os filhos também não ajudam, mas é assim”.
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