Por onde passaram, as duas ondas da pandemia causaram sérios problemas. A primeira onda consiste na ameaça à saúde da população, números assustadores de óbitos e colapso do sistema de saúde. A segunda onda volta-se à economia, com consequências que podem levar a nação a uma profunda depressão.
A partir da experiência dos outros países, o Brasil teria condições se se preparar melhor para enfrentar as turbulências. Entre avanços e recuos, é preciso estabelecer logo uma estratégia assertiva, que dê conta tanto das preocupações do meio empresarial e da classe trabalhadora, bem como da emergência em saúde.
Para as duas etapas da pandemia, as nações precisam estar preparadas. Achatar o máximo possível a curva de casos confirmados é crucial para evitar a derrocada da rede de saúde. Ao mesmo tempo, tanto Estado como a União precisam intensificar medidas para reduzir os efeitos no campo econômico para que o remédio não seja pior do que a doença.
O cenário que se desenha é extremamente preocupante. Após a pandemia, o Brasil corre o risco real de se encontrar em uma situação caótica no âmbito socioeconômico. Mazelas sociais crônicas do país, como o desemprego, fome e criminalidade, tendem a se intensificar.
É necessário, portanto, muita seriedade e responsabilidade por parte das autoridades. E ao mesmo tempo, a sociedade precisa fazer a sua parte, tanto no que diz respeito aos cuidados sanitários, como no que tange à organização financeira do orçamento familiar.
Atravessar essa conjuntura não será fácil e demandará o máximo de todos, enquanto trabalhadores, empresários, gestores. A humanidade não será a mesma após a pandemia. Em âmbito regional, o Vale do Taquari tem tudo para sair melhor dessa crise. Que o senso solidário e o DNA cooperativista aflorem na comunidade local nesse difícil momento.